terça-feira, 31 de janeiro de 2012 0 comentários

Esperança


















Eis uma frase que me ajudou muito com a Síndrome do Pânico. Uma frase de esperança.

"Don't believe it when you lose your faith, another moment is a moment away."

Da música Forgiveness and Love da Miley Cyrus.
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Apenas uma chuva forte























Uma das primeiras conversas que tive com meu psiquiatra foi sobre isso. Sou o tipo de pessoa que faz tempestade em copo d'água. Sou o tipo de pessoa que vê nuvens negras no céu e já imagina uma tempestade arrasadora.
"É só uma chuva forte". - disse o psiquiatra para mim, o que queria dizer que eu precisava dosar minha intensidade, um enorme desafio para uma escorpiana.
Diminuir a intensidade do meu pessimismo. Esse é meu desafio. Qualquer pequena sombra eu transformo num monstro pronto a me mastigar viva e me engolir, quando, na verdade... É apenas uma sombra. Qualquer carocinho que surge no meu corpo eu transformo em câncer, quando na verdade, pode ser apenas um inchaço inofensivo, ou uma espinha. Minha mente sempre teve facilidade para criar grandes tragédias, o que é um dom para as minhas histórias, mas uma maldição para a minha vida. É engraçado como seu pior inimigo pode ser o seu melhor amigo ao mesmo tempo. É a tal da faca de dois gumes.
Enfim.
Hoje eu acordei certa de que estava tendo uma alucinação. Pode ter sido apenas uma pequena falha da minha mente grogue porque eu tinha acabado de acordar. Mas eu jurei que tinha começado uma esquizofrenia, lendo sobre os sintomas na internet e me identificando com quase todos eles, muito embora meu médico já tenha me dito umas trezentas vezes que não sou louca.
"Infelizmente, você não tem possibilidade de ficar esquizofrênica." - é o que ele sempre diz, brincando comigo dizendo que eu devo querer muito ser louca para cismar tanto com isso.
Depois de me certificar de que tinha começado um processo esquizofrênico, um estresse se abateu em casa. É claro que a minha mente imaginou proporções incontroláveis de drama e de catástrofes como consequências desse estresse.
Até que eu parei e pensei: tudo bem, as nuvens estão escuras, mas pode se tratar de apenas uma chuva forte. Não é?
Só o tempo dirá. O importante é que eu tenha na cabeça que posso lidar com qualquer situação que apareça no meu caminho. E que eu não me desespere antes do tempo. Nem depois do tempo, mas principalmente antes do tempo, por favor.
É apenas uma chuva forte. É apenas uma chuva forte. Não vai desmoronar a casa.
domingo, 29 de janeiro de 2012 0 comentários

O amor


















"O amor é muito paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso nem orgulhoso, nunca é arrogante, nem egoísta, nem tão pouco rude. O amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço, nem melindroso. Não guarda rancor e dificilmente notará o mal que outros lhe fazem. Nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa. Se você amar alguém, será leal para com ele, custe o que custar. Sempre acreditará nele, sempre esperará o melhor dele, e sempre se manterá em sua defesa."

I Coríntios 13:1-7


Esse é o amor no qual acredito, o amor verdadeiro. Nada pode ser maior que ele.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012 0 comentários

Síndrome de Barbie















Você vai a uma loja de brinquedos, na sessão feminina e vê uma estante inteira só de Barbie. Tem a Barbie veterinária, a Barbie babá, a Barbie cantora, a Barbie princesa, a Barbie pediatra, a Barbie bailarina, a Barbie top model, a Barbie ginasta, a Barbie sereia, a Barbie cozinheira, a Barbie Miss... Uau! Como apenas uma mulher consegue ser TANTA COISA ao mesmo tempo?
Bem, nós sabemos que a Barbie é um brinquedo e brinquedos servem também para estimular a imaginação das crianças... Mas acontece que, parece que algumas crianças foram estimuladas além do limite do real e desenvolveram a Síndrome da Barbie, seja o que você quiser.
Conversando com a minha irmã, falávamos sobre isso, sobre pessoas que, a despeito de ter ou não talento, querem ser tudo ao mesmo tempo. Ela se queixava de conhecer pessoas assim e eu pensei em escrever esse post. Eu acredito mesmo que todos possam ser o que quiserem e que há pessoas com múltiplos talentos, mas... Pera lá, né? Repito que a Barbie é um brinquedo! Não dá para querer ser veterinária, babá, princesa, pediatra, bailarina, top model, ginasta, sereia, cozinheira e Miss, pelo menos não tudo isso na mesma encarnação, né?
O curioso e mais irritante é que as pessoas com Síndrome da Barbie, além de parecerem terem desenvolvido um senso um tanto quanto equivocado do real, também desevolveram uma certa megalomania. Porque, bem, elas acham que podem TUDO. Que tem talento para TUDO. E não é bem assim não... Acredito que talentos naturais, tenhamos poucos. E acredito que com esforço a gente possa conseguir tudo que não temos talento para fazer. Mas é humanamente impossível conseguir administrar esforço para TANTAS tarefas ao mesmo tempo. O que vai acontecer é que nenhuma delas vai sair bem feita.
Falando inteiramente por mim, eu fico muito irritada quando uma pessoa que só escreve de vez em quando vem se meter à besta dizendo que é ESCRITORA. Acho que para você se considerar algo, você tem que ser de corpo e alma aquele algo. Eu sou escritora e amo a escrita porque eu vivo e respiro isso, é tudo para mim, não admito que uma Barbie com um caderninho e uma caneta na mão venha se dar o título. Mas isso pode ser só minha intensidade escorpiana falando...
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Se aceitar é fácil... Difícil é aceitar os outros!



















Eu particularmente acho que um dos maiores problemas da minha personalidade é ser intolerante. Eu costumo me irritar muito quando as pessoas pensam de um jeito diferente do meu ou agem de uma forma que eu não concordo. Não consigo evitar a ira e, mais tarde, até um confronto. Eu não sei o limite entre expor minha opinião e aceitar a opinião do outro, não... Eu quero invadir a cabeça do outro e mudá-la, quero fazer com que ele enxergue que quem está certa sou eu, que os meus valores são os verdadeiros e ponto final.
Eu tenho consciência do quanto isso é ridículo, mas não consigo evitar.
Acredito que todos nós, quando estamos descobrindo quem somos, experimentamos uma fase difícil de adaptação com a nossa verdadeira personalidade, com ser o que a gente é e não o que a gente gostaria de ser. É difícil aceitar quem nós somos... Mas eu acho ainda mais difícil aceitar quem os outros são.
Algumas pessoas simplesmente me irritam e me tiram do sério com algumas coisas no jeito de ser delas. E eu gostaria de apenas poder engolir isso, digerir, rir e seguir com a minha vida, por que é que eu não consigo?
Acho que, como o processo de aceitação da minha aparência, vou ter que começar a trabalhar nesse processo de aceitar os outros... Porque alguns tipos não são fáceis de engolir não. Não sem fazer careta para o gosto nojento, engasgar e, por vezes, vomitar na própria pessoa.
Vou fazer uma lista das coisas que mais me irritam na personalidade alheia.

1- Não ter personalidade própria e tentar imitar a de outra pessoa
2- Não saber o que quer e o que é
3- Efusividade
4- Futilidade extrema (do tipo que só fala de cabelo, de unha, de roupa, de corpo)
5- Só saber falar mal dos outros
6- Poser
7- Falta de consciência (do tipo que não percebe nem mesmo o que é e o que faz, que não tem senso de culpa, que sempre tem desculpa para tudo e nunca admite os próprios erros)
8- Machismo
9- Achar que sabe de tudo e que está acima do bem e do mal
10- Ficar bêbado
11- Se fazer de vítima
12- Desvalorizar pessoas que nascem em berço de ouro como se fosse culpa delas não ter que batalhar por dinheiro
13- Falar demais e não ouvir
14- Possessividade
15- Se ofender com tudo

Ah, tem muito mais, acho que poderia ficar a vida inteira fazendo essa lista. Mas ok, vou deixar por aqui, qualquer coisa, faço outro post =D
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A solução da questão da beleza
















Depois da conversa com meu terapeuta ontem, eu finalmente entendi. Não é preciso fingir que o problema não existe. Não é preciso mudar. É preciso apenas aceitar. Assim como aceito minha personalidade que não é das mais fáceis e nem sempre das mais agradáveis, tenho que aceitar minha aparência. Tenho que aceitar minha beleza, porque assim como minha personalidade, ela é única; assim como a minha personalidade, pode não agradar alguns, mas pode simplesmente fascinar outros.
Deus não faz nada errado nessa vida, e se eu acredito Nele, eu tenho que acreditar que sou linda do jeito que eu sou, assim como todo mundo é, do seu próprio jeito. E se eu acreditar que sou linda e que minha beleza basta, por que é que eu ligaria para a opinião alheia?
Não vou deixar nada mais me prender ou tentar me inferiorizar, nenhuma comparação, nenhuma pressão, nenhum padrão. Essa sou eu, livre e voando para cada dia mais perto de acreditar mais em mim mesma. Essa sou eu, a única eu desse mundo. Tem coisa mais linda do que ser você mesmo em toda sua plenitude?

"Wouldn't wanna be anybody else

You made me insecure
Told me I wasn't good enough
But who are you to judge
When you're a diamond in the rough
I'm sure you got some things
You'd like to change about yourself
But when it comes to me
I wouldn't want to be anybody else

Na na na
Na na na
I'm no beauty queen
I'm just beautiful me
Na na na
Na na na
You've got every right
To a beautiful life
C'mon

Who says
Who says you're not perfect
Who says you're not worth it
Who says you're the only one that's hurting
Trust me
That's the price of beauty
Who says you're not pretty
Who says you're not beautiful
Who says

It's such a funny thing
How nothing's funny when it's you
You tell 'em what you mean
But they keep whiting out the truth
It's like a work of art
That never gets to see the light
Keep you beneath the stars
Won't let you touch the sky

Na na na
Na na na
I'm no beauty queen
I'm just beautiful me
Na na na
Na na na
You've got every right
To a beautiful life
C'mon

Who says
Who says you're not perfect
Who says you're not worth it
Who says you're the only one that's hurting
Trust me
That's the price of beauty
Who says you're not pretty
Who says you're not beautiful

Who says
Who says you're not start potential
Who says you're not presidential
Who says you can't be in movies
Listen to me, listen to me
Who says you don't pass the test
Who says you can't be the best
Who said, who said
Won't you tell me who said that

Who says
Who says you're not perfect
Who says you're not worth it
Who says you're the only one that's hurting
Trust me
That's the price of beauty
Who says you're not pretty
Who says you're not beautiful Who says?"
Selena Gomez - Who says
terça-feira, 24 de janeiro de 2012 0 comentários

A questão da beleza


















Amanhã preciso conversar com meu terapeuta sobre isso. Eu não aguento mais me sentir mal e triste por me sentir feia. Não exatamente feia. Mas desprovida de uma beleza notável. Sem graça.
A verdade é que eu sempre sofri com isso na minha vida. Sempre em comparação com pessoas muito bonitas ao meu redor eu me tornava uma coisinha opaca, invisível, insignificante. E ainda hoje eu me sinto assim. Não consigo acreditar que existe alguém nesse mundo que olhe para mim e admire a minha beleza. Não tenho um pingo de sensualidade e já tive que ouvir isso. E ouvir isso me destruiu. E eu queria entender porque.
Por que a beleza é tão importante? Por que, afinal? O que devia nos fazer interessante, orgulhosos, o que nós devíamos buscar são coisas como a inteligência, o humor, a irreverência, uma personalidade marcante. Porque beleza... Uma pintura pode ser bonita. Uma casa pode ser bonita. Uma roupa pode ser bonita. Mas nós, seres humanos, podemos ter PERSONALIDADE. Isso deveria importar, isso deveria ser o diferencial.
Mas, de todo modo, não é. E as pessoas continuam atribuindo valor às outras pela beleza. Se você não for bonito, você não se sente amado. Se você não for bonito e atraente, não se sente capaz de encontrar o amor ou de merecê-lo. Por que isso? Não é uma coisa muito cruel, uma vez que não escolhemos como nascemos? Todos nós não merecemos ser amados e felizes?
Eu queria conseguir não ligar para essa cobrança. Queria viver acima disso. Mas por que eu não consigo?
Eu queria seguir minha filosofia e viver pensando em coisas mais importantes. Ser feliz. Fazer o que me dá prazer. Estar perto de quem eu amo. Me importar com quem eu sou e não com o que eu pareço. Mas de que adianta querer tudo isso se, por não me sentir bonita, eu não me sinto merecedora de estar com quem eu amo?
Comecei a conversar sobre isso com meu terapeuta semana passada e ele começou a falar para eu tentar me destacar mais. Mas eu não consigo gostar desse conselho. Sinto uma coisa tão forçada, eu passar maquiagem, arrumar o cabelo, colocar um monte de enfeites para aparecer... Acho tão falso que as pessoas se mudem todas para alcançar esse ideal de beleza. Elas deixam de ser elas. Eu não gosto muito da minha aparência, mas ela faz parte do que eu sou e eu não quero mudar o que eu sou, não quero deixar de ser quem sou. Porque eu ainda tenho a consciência de que o que eu sou é mais importante que tudo.
Acho que eu entendi porque as personagens das minhas histórias são sempre naturalmente lindas. É o único modo de realizar o desejo do meu coração.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012 0 comentários

Belonofobia




















Hoje eu dei o primeiro passo para me curar da minha belonofobia, ou seja, fobia de agulhas.
Não dava mais para aguentar. Toda vez que preciso tirar sangue passo mal antes, durante e depois do processo. Só de ver uma pessoa no soro na televisão eu já começo a sentir náuseas e as mãos suando. Quando imagino que posso ser internada um dia, Deus me ajude.
Mas tenho fé que vou conseguir me curar!
Meu psiquiatra me ensinou uma técnica que se chama dessensibilização e consiste em enfrentar, aos poucos, seu objeto temido. No meu caso, as agulhas. Meu querido namorado, que é veterinário, me forneceu uma agulha, uma seringa e até um cateter intravenoso. O primeiro passo foi dado, adquirir os objetos. Agora tenho que me acostumar com eles até que eles não me causem mais ansiedade e mal-estar. Até que eu esteja pronta para imaginá-los atravessando minha veia sem me sentir à beira de um desmaio.
domingo, 22 de janeiro de 2012 0 comentários

Análise Positiva
















Não gosto de elogiar, mas a verdade é que, pela primeira vez, eu tenho experimentado uma melhora muito significativa no meu transtorno de ansiedade e na síndrome do pânico. Não sei o que aconteceu. Será que o tratamento finalmente surtiu efeito? Será que é o Complexo B? Será que é a magia da passagem de ano? Sei lá... O que interessa é que tenho me sentido muito menos ansiosa, quase como se eu nem tivesse problema nenhum. Tive algumas crises, sim, mas elas passaram tão rápido e foram tão fracas que mal puderam me abalar. Acordei várias vezes pela manhã, no momento em que geralmente tinha as piores crises, e nenhuma apareceu. Saí e almocei em restaurantes, situações que me deixavam muito nervosa, e fiquei mais tranquila do que esperava. E, por fim, sofri alguns estresses bem severos em casa com a família e tudo mais, e isso não abalou a minha ansiedade.
Será um milagre? Estou finalmente voltando para Raspberry Heaven?
Se eu não tivesse tanto medo do otimismo, eu juro que comemoraria mais. Mas estou sempre no aguardo da próxima desgraça e isso é coisa que, em quase um ano de tratamento, eu não consegui mudar. Pelo menos ainda.
sábado, 21 de janeiro de 2012 0 comentários

Somebody




















Estou me sentindo bastante invisível no momento. Não apreciada como gostaria, não admirada como gostaria, não olhada o suficiente, não importante o bastante.
Sinto falta de olhos que brilham olhando nos meus, sinto falta de elogios e de palavras doces, sinto falta de um carinho espontâneo e com vontade. Sinto falta de me sentir a mais sortuda das criaturas, sinto falta de me sentir desejada, sinto falta de me sentir linda e preciosa, mesmo que seja apenas para um alguém.
E não há nada que eu possa fazer. Não se implora por amor. E eu mesma me amar não está parecendo o bastante.

"Can you see me?
'Cause I'm right here,
Can you listen
'Cause I've been trying to make you notice
What do you mean to me
To feel like somebody
We've been on our way to nowhere
Trying so hard to get there
And I say

Oh!
We're gonna let it show
We're gonna just let go!
Of everything
Holding back our dreams and try
To make it come alive
Come on let it shine
So they can see we we're meant to be

Somebody!
(Somebody)
Somebody,ya
Somehow,
Someday,
Someway
Somebody

I'm so tired
Of being invisible
But I feel it
Yeah,like a fire below the surface
Trying to set me free
But inside of me
The standing
'Cause we're on edge now

It's a long way down.
But I say
Oh!
We're gonna let it show
We're gonna just let go!
Of everything
Holding back our dreams and try
To make it come alive
Come on let it shine
So they can see we we're meant to be

Somebody!
(Somebody)
Somebody,ya!
Somehow,
Someday
Someway
Somebody

We will walk out
Of this darkness
Feel the sparklight
Glowing like the yellow sun
And then
We fight,
We fight together
'Til we get back up
And we will rise as one

Oh,woah!
Oh!Oh!Oh!
We're gonna let it show
(Let it show)
We're gonna just let go!
Of everything
Holding back our dreams and try
To make it come alive,
(Make it come alive)
Come on let it shine
So they can see we we're meant to be
Somebody yeah,
Someday
Somehow
Someway

Somebody
Somebody..."

Somebody - Bridgit Mendler
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A verdade mais inaceitável




















Uma das maiores ilusões dessa vida é a de que a nossa família é o nosso porto seguro, o que há de mais estável nas nossas vidas. A ilusão de que os pais são as criaturas mais altruístas do mundo, que pensam primeiramente nos seus filhos, que colocam de lado qualquer problema por eles e que são aqueles que sempre vão saber quando as coisas estão indo mal com você e fazer de tudo para ajudar.
No ano passado eu aprendi na terapia que isso não é verdade. E não é porque os pais sejam maus. É porque são humanos. Eles erram como qualquer humano. Eles são egoístas como qualquer humano. E muitas, muitas, muitas, muitas vezes colocam as necessidades e vontades deles acima das dos filhos, fingem que não vêem o que está acontecendo com sua prole apenas para não terem que lidar com o problema ou para não terem que se responsabilizar por eles. Bem... Talvez não haja motivo para isso magoar, já que é a lei da vida e dos humanos, e, afinal, eu não sei se sou capaz de algum altruísmo, mesmo quando tiver meus filhos. Porém, isso magoa.
Agora, a culpa é de quem? Dos pais que deviam cuidar melhor e se esforçar mais pelos seus filhos, uma vez que tiveram a brilhante idéia de colocá-los no mundo ou da nossa cabeça que criou esse mundinho de sonhos onde papai e mamãe são heróis de coração puro e invencíveis?
Eu não sei... Mas nesse momento estou aqui angustiada porque, a pessoa que sempre foi o topo do meu pedestal está simplesmente passando por cima de um dos piores problemas que eu já enfrentei na vida, sem dar a mínima importância para ele, como se ele não estivesse ali. Ou então ela está pisando nele de propósito, para que não precise vê-lo e para que não precise tomar parte dele.
Nessas horas dá uma vontade imensa de ser infantil. De fazer revolução, de ser rebelde. De se jogar no fundo do poço para que saibam que o meu problema está ali.
Mas por que eu faria isso, se a pessoa que mais se importa com a minha vida sou eu e sempre será? Afinal, altruísmo não existe e os pais não são heróis que vão vir me resgatar.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012 0 comentários

Nada mais eu do que isso






















Postando só para usar essa imagem, porque, uau, não existe nada mais eu do que isso!
Alinne é a escritora, a criadora de universos e personagens. Essa é minha terapia, é minha alma, é minha paixão, é tudo de mim. Eu não existo sem escrever.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012 0 comentários

Menininha do Papai



















Uma das coisas que eu acho mais lindas no mundo é quando um pai ama muito sua filha e a trata como uma princesinha, a trata do jeito mais doce e especial, a coloca num pedestal. Sempre que eu vejo algo sobre pai e filha desse jeito em filmes, livros e afins eu fico emocionada.
Eu sempre tive muitas mágoas com meu pai. As coisas estão bem diferentes agora. E não posso dizer que meu pai tenha me maltratado ou sido um mau pai. Mas eu não me lembro de muitos momentos doces como esses que vejo em livros e filmes. Eu me lembro de cantar as músicas que meu pai compunha e me lembro de que ele contava historinhas engraçadas e confusas com todos os personagens da Disney misturados antes de eu dormir e também me lembro de que foi ele que me despertou a alma de escritora, foi ele que me mostrou a maior paixão da minha vida. Eu me lembro de quando eu escrevia historinhas nas toalhas de papel dos restaurantes e ele as levava para casa. Mas eu ainda gostaria de ter experimentado um respeito sem limites, uma adoração especial, gostaria de me lembrar de momentos em que eu estive doente ou triste e que ele esteve segurando minha mão, gostaria de me lembrar de que ele sempre defendeu a minha honra e que sempre soube exatamente o que fazer para me fazer sorrir.
Não estou reclamando do meu pai, é só que... Não posso evitar esse desejo. Meu pai é maravilhoso do jeito que é e eu o amo. Ninguém é perfeito nesse mundo e talvez eu não seja a filha que ele gostaria de ter. Mas acho que, para sempre, vou continuar me emocionando profundamente com essas cenas afetuosas de pai e filha, sentindo meu coração apertado como está agora depois de algumas cenas que li num livro. E acho que, se eu tiver uma filha e o pai dela a tratar desse jeito, seria como ter um desejo saciado, um sonho realizado.
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Only Superstition

















"A cardboard head I see
Has found its way to me
It's out and it's out and it's out
Making me cry

I sleep but I will not move
I'm too scared to leave my room
But I won't be defeated oh no

What if cards don't go my way
Then it's sure to spoil my day
But in voices loud and clear

You say to me it's only superstition
It's only your imagination
It's only your other things that you feel
And the things from which you can't escape

Keep clean for the thousandth time
Stand still and wait in line
Some numbers are better than others, oh no

What if cards don't go my way
Then it's sure to spoil my day
But in voices loud and clear

You say to me it's only superstition
It's only your imagination
It's only your other things that you feel
And the things from which you can't explain

And it's making me cry
And it's making me cry
And I'm slipping away, love
I'm slipping away

It's only superstition
Only your imagination
It's only superstition
Only superstition"



Only Superstition - Coldplay


Essa é minha música favorita do Coldplay por ser a música com a qual eu mais me identifico. Nos meus momentos de medo, parece que essa música descreve exatamente o que eu sinto e, de alguma forma, essa não é uma sensação confortante? Ter as palavras exatas que descrevem como você se sente?
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012 0 comentários

O que mais sangra no meu coração
















Será que todas as famílias são fodidas como a minha? Será que a maioria é? Será que a minoria é? Será que existe alguma que não seja?
Bem, nada disso muda o fato de que a minha família é fodida e que isso fode com meu coração e, consequentemente, com a minha cabeça.
Quando parecia que estava tudo bem, começa tudo de novo. Não sei por que. Não sei como. Não sei quando. Só sei que sinto os primeiros tremores de uma desgraça iminente.
Me meter nisso? Não, obrigada. Estou cansada. Foi por isso que fui parar nos 34 kg, foi por isso que minha vida foi destruída me fazendo acordar todo dia com o coração disparado e com a certeza de que eu ia morrer ou ficar louca.
Só que, se o terremoto vier, não vai ter jeito. Vou ser soterrada com ele. Com alguma sorte eu apenas vou sair um pouco machucada. Mas acho que para quem já vivenciou tanto disso, a experiência se torna um trauma. Não, a gente nunca se acostuma a isso. Nunca.
É tão fácil, nesses momentos, querer fugir, querer sumir, morrer, casar se mudar... Mas aí vem a consciência da realidade: não existe um lugar mágico para se refugiar. Não existe saída. Não existe nada. Só existe os escombros. E as cicatrizes vão te acompanhar mesmo que você corra para bem longe.
Nessas horas a gente desconfia de tudo, do futuro, de todos. Não se sente segura em lugar nenhum. Se meus próprios pais não conseguem me dar segurança, como posso esperar isso de qualquer outra pessoa? Talvez a segurança esteja em mim, tenha que estar em mim. Mas, bem, eu preciso, minimamente, de um chão, de paredes, de um teto. Eu acho. E os meus são completamente fodidos. Qualquer ventania eles ameaçam cair e atingir a minha cabeça.
Não sei como vai terminar essa história. Só posso rezar para o minímo de pessoas possível sair ferida.

Vamos ver quantas crises eu vou ter por causa disso e quantos quilos eu vou perder agora.
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38,2 kg, e daí?





















Hoje fui à terapia e me pesei. Tinha certeza que eu tinha engordado, mas lá estavam apenas 200g de diferença. Tudo bem. Quer saber? Não vou mais me desesperar para engordar. Como o meu próprio médico disse, eu estou bem, uma vez que venho me alimentando e não estou emagrecendo, então...
Parei com essa história de que sou feia porque sou magra. Não é verdade. Cada um pode ser bonito do jeito que é. Existem mulheres muito mais magras que eu que são super lindas e admiradas. Por que não posso ser uma delas? O que eu preciso é de um pouco mais de autoestima, um pouco mais de coragem, um pouco mais de acreditar em mim mesma e me aceitar como eu sou. E esse é meu novo projeto.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012 0 comentários

A lenda do altruísmo
















Eu não acredito em altruísmo. Não mesmo. Nem um pouco.
As pessoas tem muitos motivos para fazer coisas boas, para ajudar o próximo, e não consigo acreditar que nenhuma dessas pessoas o faça simplesmente pelo bem-estar do próximo. Não. A essência das pessoas é egoísta. José Saramago escreveu uma vez que o egoísmo é como uma segunda pele de todos os seres humanos, e eu concordei plenamente com ele.
Às vezes as pessoas iludem a si mesmas e acabam acreditando que fazem o bem porque são altruístas, mas não. Todas essas pessoas estão em busca de alguma coisa em troca, nem que não seja algo descarado ou material, mas elas podem estar em busca de atenção, de aprovação, de amor, de amizade, de consideração, de alívio para alguma espécie de vazio ou de culpa e, principalmente, de gratidão. Só vou acreditar que uma pessoa é altruísta se ela fizer o bem para alguém sem alardear, sem esperar que a pessoa goste dela, sem esperar gratidão alguma. Só vou acreditar se a pessoa fizer o bem para a outra e, quando essa outra for uma escrota com ela de volta, ela não se ressentir por "ter feito tanto pela pessoa".
Para não dizer que sou tão radical, eu acredito no altruísmo das mães em certos casos. Mas mesmo assim, há controvérsias, já que esse altruísmo pode ser motivado pelo bom e velho instinto animal maternal.
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Grrrr


















Acho que a TPM me pegou de jeito. Estou tendo desejos alimentares estranhos (tipo pão com presunto e Toddynho e Bubbaloo) e uma ira sinistra está se apossando do meu ser. Aqueles momentos em que se tem ódio de tudo, de todos e de qualquer porcaria mínima. Espero que a terapia amanhã me ajude a me sentir melhor. Estou com algumas coisas engasgadas e não sei bem se é só por causa da TPM ou se é real mesmo... Então vou esperar essa monstra ir embora para resolver ou não essas questões.
O negócio é que eu ODEIO que me pressionem. Eu ODEIO sentir que não tenho liberdade. ODEIO quando me dizem o que eu tenho que fazer, quando me cobram as coisas. Meu Deus! Eu já me cobro tanto que sou literalmente doente por causa disso e as pessoas ainda querem colocar mais coisa nas minhas costas? Nem meus pais me cobram porque sabem como eu sou, não vou deixar ninguém colocar esse peso em mim. Sinto muito. Estou vivendo para ser feliz, só tenho uma vida, não vou deixar ninguém me obrigar a fazer algo que eu não quero, não vou deixar ninguém dizer o que eu tenho que fazer com a minha vida, não vou deixar meu destino virar uma vida sem graça e chata de trabalho e escravidão. Não sou igual as outras pessoas. Eu sou eu, apenas eu. Ou me aceita como eu sou, ou, tchau. Sei das minhas obrigações, mas sei também do que não sou obrigada, do que eu posso escolher. Não quero deixar que a culpa me faça de escrava, eu tenho domínio sobre minha própria vida e meus desejos e vou viver do jeito que eu acredito que seja certo e não que os outros acreditem.
O que me deixa revoltada é que eu não cobro nada de ninguém. Por que insistem em cobrar de mim?
Ah, e outra coisa: sou mimada, egoísta, nada prestativa, um nojo de pessoa. Já dei meu recado sobre não me aceitar.
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Sozinha com a minha ansiedade

















Esse é um post bizarro.
Eu não entendo o que acontece comigo, mas tomar banho, para mim, é algo problemático às vezes. É um dos momentos em que estou mais propensa a um ataque de pânico/ansiedade. Não entendo porque, banho deveria ser um momento para relaxar. Mas eu acho que o problema é que eu me fecho no box sozinha com a minha ansiedade e o espaço é pequeno demais para nós duas. Ela tenta me dominar e começa a dizer coisas assustadoras na minha mente. E eu não consigo calá-la. Nem se eu cantar, nem se eu me concentrar em outra coisa ou tentar pensar em algo que não tenha nada a ver com meus medos... Coisas estranhas surgem na minha mente e eu entro em desespero. Um desespero ridículo que eu sei que vai passar no exato momento em que eu abrir a porta do box e sair dele. É muito estranho... Há períodos em que não acontece, mas há períodos que eu já entro com medo no box. Hoje foi um dia em que eu estava tranquila e essa sensação horrível veio se apoderar de mim. E é tão estranho, tão inexplicável, que acho que não consigo nem mesmo falar com meu médico sobre isso...
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Thinspiration ao contrário























Postando só para dizer que eu estou feliz com meu corpo. Pelo menos um pouco mais feliz. Não tenho idéia de quanto estou pesando agora, faz tempo que me pesei e estava com 38 kg, mas acredito que eu tenha engordado um pouquinho. Ontem, com a roupa de ginástica, todo mundo comentou que minha bunda estava grande e eu reparei que minhas pernas estão mais grossas. Tinha um short de pijama que ficava enoooorme em mim, e agora até que tá meio apertadinho. *-* Talvez eu nunca consiga a proeza de ter um belo corpo curvilínio, o dos meus sonhos, no estilo pinup, mas já estou bem melhor, já não pareço mais doente. Preciso continuar comendo e tomando minhas vitaminas e vai ficar tudo bem! Acho que me peso amanhã. Estou ansiosa.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012 0 comentários

Dormir, dormir, dormir, dormir...






















Dormi 12 horas seguidas essa noite. 12 horas! E ainda cochilei mais tarde. Dormir tanto assim só pode significar uma coisa, pelo menos para mim: bom humor. Nem a dor de cabeça que senti o dia todo foi capaz de estragá-lo (essa dor de cabeça está muito constante, espero que sejam os óculos, não quero começar a pensar em tumores).
Minha professora de pilates estranhou o quanto eu estava animada hoje. Eu comi bem melhor. Escrevi um capítulo de Espelho. Li. Vi um filme (Ela é o cara, com a Amanda Bynes. Ela é uma das melhores atrizes de comédia <3) e namorei.
Tão bonitinho o Jeferson vir trazer sorvete de amora para mim *-*.
Dormir é bom demais. É o único momento em que pensamenos aterrorizantes não estão me torturando e também tem os sonhos, né? Sonhos são mágicos. E, modéstia à parte, minha cama é a melhor do mundo <3

P.S.: Hoje a professora de pilates, que também é fisioterapeuta, examinou minha coluna e acha que eu tenho duas escolioses. Isso porque todo mundo acha minha postura linda, vai entender.
domingo, 15 de janeiro de 2012 0 comentários

O pote de merda no fim do arco-íris

















Fui obrigada a ir para a Barra da Tijuca. Estava ruim, mas nem tanto. As coisas melhoraram (apesar do calor infernal) quando todos foram dormir e eu fiquei com a minha melhor amiga do mundo inteiro, aquela que consegue fazer dos piores momentos os melhores, minha foquinha, minha irmã. A gente estava se divertindo, sentadas perto da janela onde corria uma brisa, vendo o sol nascer. O céu estava lindamente roxo. De repente, surgiu um arco-íris (vide foto). Estava tudo muito bem, tínhamos rido, brincado e não sentíamos um pingo de sono, quando encontramos um pote no fim do arco-íris, mas ele não estava cheio de ouro, estava cheio de merda.
Tive uma briga TERRÍVEL com a minha mãe só por causa do meu horário desregulado de dormir. Houve ameaça de agressão física e gritaria. Muito choro de raiva. Só 3 horas de sono. E agora AQUELE clima, né?
Achei que eu ia ter um colapso no decorrer do dia, uma vez que eu passo mal quando durmo tão pouco, mas parece que a síndrome do pânico me ensinou uma coisa de bom, que é controlar meu mal estar com facilidade. Estou "em pé" até agora, aos trancos e barrancos. E, quer saber? Eu quis morrer por causa daquela briga idiota, mas sobrevivi e estou pronta para outra.
Vou dizer, com sinceridade, que o mais difícil de aguentar nesse fim de semana foi o CALOR. Verdade. Não corria UM MÍSERO vento na praia.

P.S: Acho que desenvolvi uma nova mania: observar pessoas comendo para tentar descobrir quem tem anorexia. Hoje eu encontrei uma anoréxica na deli de manhã, tenho CERTEZA. Ela era um palito e cortava a comida em pedacinhos. Semelhante conhece semelhante afinal de contas. Apesar de eu ter me entupido com um CBO no McDonalds agora pouco!
sábado, 14 de janeiro de 2012 1 comentários

Quem você levaria para uma ilha deserta?

















Sempre foi uma fantasia minha ir para uma ilha deserta... Sozinha. Completamente sozinha. Muitas vezes eu tenho essa vontade. De me isolar apenas no meu mundo, de ir para um lugar em que eu não tenha que lidar com ninguém e possa fazer o que eu quero. Um lugar onde o céu fique roxo e as águas também, um lugar onde eu possa ler, escrever e me fundir com meus personagens sem nenhum tipo de obrigação insuportável dessa sociedade irritante.
Esse é um desses momentos.
Eu não levaria ninguém para uma ilha deserta. Se eu fosse, iria sozinha. Não teria coisa mais satisfatória do que não ter que aturar ninguém.
Se fosse assim tão simples... Eu pegaria um caderno, uma caneta, um livro e me mandaria para lá. Ficaria por lá até esse meu desânimo com todos e minha raiva do mundo passasse e eu pudesse aturar mais um pouco desse mundo chato.
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Blair Feelings













Acho que a Blair Waldorf de Gossip Girl é a personagem com a qual eu mais me identifico (eu não assisto ao seriado, mas li todos os livros da série.) É engraçado dizer isso, porque talvez a primeira coisa que as pessoas pensem é que sou fútil, consumista, patricinha, mas, bem... Eu não sou nada disso. Mesmo assim, às vezes é como se eu e a Blair fôssemos a mesma pessoa. Quero dizer, nós duas somos extremamente perfeccionistas, escorpianas, maldosas, intolerantes, esnobes, mal-humoradas, sonhadoras, gostamos de pensar que vivemos num filme perfeito (a Blair é a Audrey Hepburn e eu sou uma princesa da Disney) e nos focamos 100% nas coisas que queremos. Eu até fiz um monólogo Blair para a faculdade, e denomino minha cara de desprezo para as demais pessoas de "Blair Face". E hoje já acordei em Blair feelings porque, meu Deus, é tão difícil eu manter o bom humor nessa vida! Não sei o que acontece comigo, mas minha tolerância é tão baixa que me alarma. Meu psiquiatra já me disse que isso é normal, mas mesmo assim... Às vezes acho que, como a Blair, sou desse jeito por ser mimada. Ou talvez seja o signo de escorpião. Mas o que interessa é que, não consigo evitar, qualquer coisinha me faz revirar os olhos e ficar emburrada, fazendo comentários ácidos para o resto do dia. Essa sou eu. E hoje estou me sentindo exatamente como na foto desse post.
Eu gostaria de saber porque é tão difícil para a minha família me contar os planos que eles fazem. Eu tenho HORROR a mudanças. De qualquer tipo. Não gosto que mexam na minha rotina. Já cogitei ter Síndrome de Asperger, mas, mais uma vez, meu psiquiatra disse que não, que eu não tenho (isso não passa dos meus pensamentos hipocondríacos), mas mesmo assim, acho que isso não pode ser normal. Quando me acostumo com algo, não gosto que mude. Eu sei que a vida é cheia de reviravoltas e surpresas, mas, pelo amor de Deus, será que meus pais não poderiam, simplesmente, avisar os planos deles que incluem A MIM quando eles decidem, e não, tipo assim, na hora de realizá-los? Eu já iria me preparando psicologicamente para a mudança. O que me lembra quando o mundo da Blair virou de cabeça para baixo quando a mãe dela decide, do nada, chutar ela do próprio quarto para fazer um quarto para a filhinha mais nova. É a mesma coisa. Mudanças sem aviso prévio, meu Deus! Socorro! Alguém sabe o nome da fobia de mudanças?
Geralmente sou uma filha muito dócil apesar de rabugenta, mas, me desculpe mamãe e papai, eu vou começar a só participar dos seus planos quando vocês tiverem a decência de me contarem sobre eles antes, assim como todo o resto da casa. E se eles conseguirem me obrigar a ir, VÃO TER QUE ATURAR O HUMOR MAIS INSUPORTÁVEL DA HISTÓRIA. FODA-SE.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 0 comentários

Cultivando minha sanidade obscura



Eu já tive um milhão de blogs, mas com certeza nenhum como esse. Acho que já estou mais madura agora, mas eu só acho. Não tenho certeza de quase nada nessa vida. O fato é que não sei quanto tempo vou levar isso a sério, já que eu sempre abandono meus diários, mas a verdade é que eu tenho passado tempo demais escrevendo sobre personagens e outros mundos (que é o que eu mais gosto de fazer na vida) e talvez tenha usado pouco meu chamado de escritora para me ajudar como pessoa. Vou tentar fazer isso aqui. Por meio de um milhão de reclamações azedas e amargas, vou refletir sobre quem sou e quem sabe, encontrar quem eu sou? Ou chegar perto. Isso me lembra uma frase de uma das minhas personagens favoritas, a Sailor Urano de Sailor Moon, quando ela diz "O que eu sou agora é o mais perto do meu verdadeiro eu." Acho isso muito inteligente, quero dizer... Acho que a gente nunca chega a ser quem a gente realmente é.
Mas, deixando as divagações de lado... Eu estou fazendo esse blog, principalmente, para lidar com as questões que vem me afetando muito ultimamente. Na verdade, essas questões me afetam desde os meus 9 anos de idade, ou talvez até antes. Mas foi quando eu me lembro de ter começado a cultivar essa doença da hipocondria, da preocupação excessiva, da ansiedade... Que mais tarde foi culminar na Síndrome do Pânico, ou, mais conhecida (pelo menos para os infelizes portadores) como inferno na Terra. Uma vez eu vi isso num filme, um cara dizendo que não tinha sensação mais horrível do que um ataque de pânico. Eu convivo com essa doença desde os 12 anos, com pausas de alguns anos e a volta dela em algum tempo atrás, o que me trouxe de brinde uma anorexia que me fez ir até os 34 kg. A ansiedade fecha meu estômago. Em fevereiro faz um ano que eu estou em tratamento com psiquiatra e com remédios, e posso garantir que houve MUITA melhora. Talvez eu devesse ter começado o blog naquela época, mas enfim... Deus sabe o tempo de tudo. E, na verdade, é assim que eu enxergo a doença na minha vida: ainda não sei o motivo de tê-la, mas sei que Deus tem um propósito perfeito para isso. Eu confio plenamente Nele, e depois de TANTAS orações desesperadas para que Ele me livrasse desse mal que já me fez pensar em suicídio e que já tirou toda minha alegria de viver, eu não fui atendida, então acho que há algum motivo maior para isso tudo. Acho, não. Tenho certeza. 
As coisas que passam pela minha cabeça durante uma crise de pânico são bizarras. Tem coisa que eu tenho noção de que não tem NADA A VER, mas mesmo assim elas me assustam. Já achei que fosse ficar louca, e essa foi a pior suspeita da minha vida. Ou talvez ela empate quando eu tinha total pavor de ser epilética. Não me julguem. Enfim. Meu psiquiatra conseguiu me convencer, com MUITO custo, de que não, eu não sou louca. Na verdade, sou tão sã que é assustador. Mas já apareceram outros pensamentos tenebrosos na minha cabeça. Tipo, medo de a crise nunca passar, medo de eu não aguentar mais viver, medo de eu ter um colapso ferrado com direito a internação num hospital psiquiátrico... Se bem que muitas vezes eu já DESEJEI ir parar num hospital para não ter que lidar com a minha própria cabeça. Eu me considero uma pessoa muito inteligente e extremamente criativa, mas essa é uma faca de dois gumes, porque junto com toda a inteligência e criatividade vem os medos e os monstros. Sim. Eu crio monstros e vivo com medo deles, mesmo sabendo que eles são frutos da minha imaginação. Essa é a minha sanidade obscura. 
Eu não acredito mais na cura da minha síndrome do pânico. Na verdade, o meu próprio médico disse que talvez eu tenha que lidar com as crises pro resto da minha vida. Eu só peço a Deus que eu tenha forças para isso. E que eu não precise de remédio para sempre.
Agora já estou muito melhor, controlando as crises muito melhor e com 38 kg. Ainda tenho que chegar aos 45, mas, um passo de cada vez. Meu maior desafio é vencer minha ansiedade e meu perfeccionismo. Eu li uma frase interessantíssima esses dias, acho que foi ontem: "Perfection is a flaw." 
Eu preciso me lembrar dessa frase para a VIDA. Tenho certeza de que, quando eu puder rir das vergonhas que eu passo e não ficar vermelha e com o coração disparado quando alguém aponta um erro/defeito meu, eu vou ser uma pessoa muito mais calma e feliz.
Feliz eu sou, até. Mas calma... Essa palavra não existe dentro de mim. 
 
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