terça-feira, 20 de março de 2012 0 comentários

Um pouco de astrologia















Eis um aspecto do meu mapa astral que, chocantemente, diz quase tudo sobre mim:

Lua em sêxtil e trígono com Mercúrio: A mente da pessoa é muito receptiva, tem boa memória, uma linguagem com bastante poder de expressão e facilidade de compreensão e assimilação. Sentimentalismo, sensatez, popularidade, correspondência entre emotividade ou afetividade e o plano mental, o intelecto. Bom temperamento inclinado a trabalhos intelectuais, favorecimento para assuntos de comércio, viagens, literatura e línguas.

Como tem gente que não acredita em astrologia? Okay, hora de calar minha Lilith em Sagitário.

domingo, 18 de março de 2012 0 comentários

A lição mais valiosa



















Desde o começo eu sabia que todo o sofrimento que eu estava passando me traria alguma coisa de bom, eu sabia que tinha algum propósito, alguma lição maior, um pedacinho de sabedoria. E, bem, acho que finalmente eu descobri que lição é essa. Ou, pelo menos, uma delas, e é a lição da esperança.
Eu me lembro de quando fazia catecismo e crisma e teve aquela aula sobre as virtudes. Falava-se sobre a esperança e eu sempre ficava incomodada. Eu sempre pensava que a esperança não servia para nada. Não conseguia encaixar a esperança na minha vida. Quer dizer, o que tem de bom em você esperar por uma coisa que pode nunca acontecer? Isso só traz frustração. É melhor não ter esperança. Eu me sentia incomodada de renegar uma virtude divina, algo que todos dizem ser bom, só que eu não conseguia ver nada de bom, mesmo.
Mas agora eu vejo.
A esperança não é esperar que algo que pode nunca acontecer aconteça. A esperança é a fé no futuro, a fé no que está por vir, a vontade de seguir em frente mesmo nos períodos mais escuros da vida porque você sabe, tem esperança, de que a luz está te esperando lá na frente e tudo pode mudar. É isso.
Quando eu estava (muito) doente eu não tinha esperança e nem queria ter. Permanecia aquele pensamento "Para quê?". Mas agora que eu estou tão melhor, meu Deus... Eu vejo que, se eu não tivesse seguido em frente, eu nunca teria chegado aqui. Eu nunca saberia que era possível se sentir bem de novo. Eu nunca saberia que era possível fazer as coisas (quase) normalmente sem viver morrendo de medo.
Foi isso que eu aprendi. A gente nunca, nunca sabe o que está por vir. E isso é maravilhoso! É aí que entra a esperança. Tudo pode estar péssimo agora. Tudo pode estar ruindo. Você pode ter vontade de acabar com sua vida porque não consegue imaginar que as coisas possam melhorar. Mas elas podem. É preciso ter esperança no futuro porque a gente não sabe o que nos aguarda. Coisas inimagináveis podem acontecer. Coisas maravilhosas. E você vai querer estar vivo para experimentá-las. E você vai sorrir de novo. A esperança é maravilhosa.
Agora não importa quão sombria esteja a minha vida. Eu aprendi a lição mais valiosa. Vou ter esperança. Qualquer coisa pode acontecer. Tudo pode mudar e o que eram trevas pode se encher de uma luz gloriosa.
domingo, 11 de março de 2012 0 comentários

Asas de um sonho
















Eis um poema que escrevi por volta dos 16 anos. Não sou muito boa com poemas, só para constar.

Asas de um sonho

Borboleta cor de céu
Cor de céu ao entardecer
Nos primeiros segundos depois do sol
Numa flor aos meus olhos
Quero tocar
Quero pegar

Pé ante pé
Sorrindo de coração disparado
Aproximo-me
E por quê?
Por quê?

Ela voa, voa
Voa perturbadoramente encantadora
Mãos esticadas
E aperto no peito
Venha pequenina!
Venha preciosa!

Ela já se foi
Um ponto distante no ar
Meus olhos a lacrimejar
E continuo tentando alcançar

Estava tão perto
E já parece que nunca esteve aqui
A borboleta lilás que eu chamei de sonho
sexta-feira, 9 de março de 2012 0 comentários

O amor triunfa sobre a morte















Li esse poema hoje na aula de Literatura Portuguesa II e fiquei maravilhada. O amor sendo retratado como algo plácido, porém, mais forte que tudo. O amor triunfando sobre a morte.


Mors - AmorEsse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"
Antero de Quental
sábado, 3 de março de 2012 0 comentários

Ilusão

















"Se a tristeza e a dor fossem apenas ilusões, isso não te deixaria mais animada?" - Tenoh Haruka, Sailor Moon


Talvez esse seja uma boa consolação. Se algum dia tudo isso tiver sido apenas uma ilusão... Se na verdade a tristeza e a dor não existirem... Bem... Quem sabe nada mais faça diferença?
0 comentários

Solidão















Tenho pensado muito sobre a fragilidade dos relacionamentos. Sobre as pessoas. Elas parecem bolhas de sabão na nossa vida. Uma hora estão ali, te rodeando, te fazendo sorrir e no momento seguinte elas voaram para longe, ou estouraram e... E você nunca mais vai vê-las.
Acho injusto.
Por que existe o amor se ele não é para sempre?
Nunca é para sempre.
Mesmo que uma pessoa fique com você até que a morte te separe dela... Bem... Eventualmente, a morte vai vir para separar.
Por que? Por que a gente tem que se apegar tanto às pessoas, por que a gente tem que amar, só para ter que lidar com a dor devastadora da perda depois? Por que a gente não pode escolher controlar nossos sentimentos?
Sei que eu me fui da vida de muitas pessoas, injustamente e as deixei com esse sentimento de vazio e solidão que eu sinto por outras pessoas terem me deixado. Terem partido para longe. Estarem partindo para longe. Um dia, tenho certeza, partirão para longe.
Eu não estou preparada para dizer adeus a certas pessoas e acho que nunca estarei. Mas, de que adianta? A vida é implacável contra isso. Não tem solução. Mas, ultimamente, isso tem massacrado meu coração e me deixado tão, tão melancólica...
Parece que não posso me segurar em ninguém e eu tenho essa necessidade de me segurar em alguém. De saber que ela vai estar sempre ali. Pelo menos ela. Pelo menos alguém. Mas não. Não importa o quanto eu me agarre nelas, elas estão partindo lentamente... E estão me deixando. E eu vou acabar sozinha. Todos vão.
No fim, tudo se resume a apenas você mesmo.
Então por que o amor existe?
 
;