quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 0 comentários

Shadow














"Você, que é mãe, lembre-se de que o seu exemplo é a lição mais forte para o seu filho.
Não discuta com seu marido diante das crianças.
Não critique o pai diante dos filhos.
Não fale mal dele.
Nunca o diminua com desprezo.
O exemplo de um lar bem constituído é a maior felicidade que você pode legar a seus filhos.
Por amor deles, saiba sofrer, se for preciso, porque eles são frutos que você mesma gerou."

Minutos de Sabedoria
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Ansiedade















"Sofro por antecipação. Morro antes de levar o tiro." - Caio Augusto Leite
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Comer, comer















Os problemas com a comida me perseguem desde que eu me entendo por gente. Não sei se é assim com todo mundo que tem distúrbio alimentar, mas comigo foi. Eis o meu relato. Deixava minha mãe e minha avó malucas na hora da comida porque eu simplesmente não comia. Minha mãe se queixava para o médico e ele perguntava se eu comia besteira, tipo McDonald. A resposta? Eu não comia nada mesmo. Eu não gostava de comer. Estar na mesa era um sofrimento porque eu tinha que ouvir todos os tipos de barganhas e ameaças para comer pelo menos metade do que estava no prato. "Só mais cinco colheradas!" "Se não comer, não vai ganhar uma coisa." "Se não comer, mamãe vai ficar triste." "Se não comer vai ficar doente!" E aí dividiam a comida no prato, me incentivando a comer só um dos lados. Até hoje eu tenho essa maldita mania de dividir a comida quando sinto a falta de apetite se apoderar de mim.
Cresci menos do que a maioria das pessoas. Fui, possivelmente, a todos os endocrinologistas do Rio de Janeiro. Me fartei de fazer exames de sangue, radiografias das mãos e ouvir sobre hipófise e outros hormônios. E sabe o que todos os médicos diziam quando viam meu corpo magrelo e eu subia na balança e lá estavam os 20 kg de sempre? "Essa garota é desnutrida." "Ela precisa comer." "Um danoninho vale por um bifinho." Etc etc etc.
Isso cansa.
Parei de crescer em 1,47 m de altura e, de verdade, nunca me incomodei com isso. Talvez como um protesto a toda essa chatice que me fizeram passar. Ouvi tantas críticas da família, não aguentava minha avó me mandando comer. Era uma tortura. Tudo na minha vida girava em torno de que "eu não comia." E, contraditoriamente, meus exames de sangue sempre foram perfeitos. Mas alguém notava isso?
Aí eu cresci, tomei um bendito remédio que me fez engordar 7,5 kg (não, não foi nenhum remédio para abrir o apetite, e eu já tomei todos possíveis também), e quase tive uma anorexia. Graças a Deus isso não foi para frente, essa minha paranóia para emagrecer. Mas também, cinco anos depois, graças a problemas de família, acredito eu, que contribuíram para elevar minha ansiedade, já problemática, para fora dos limites, eu emagreci 6 kg. Não tinha quem não me visse que não dissesse que eu estava com cara de doente. Minhas roupas ficaram enormes. Calças tamanho 34 que tinham que ser diminuídas. Calça tamanho 32 que eu vestia com outra calça por baixo. E, o pior de tudo: podia passar dias com uma refeição apenas no estômago. E só de colocar qualquer coisa na boca eu tinha ânsia de vômito.
Descobri que estava com anorexia no ano passado. Já recuperei 4 kg, graças a Deus, e não pareço mais doente. Mas a perseguição com a comida continua. Semanalmente tenho que ouvir meu psiquiatra me perguntar como está minha alimentação, o que eu estou comendo, como estou comendo. Tive que aguentar uma vigilância excruciante da minha alimentação da parte da minha família. De novo. De novo, de novo, me via com 7 anos de idade dividindo a comida no prato, sendo obrigada a comer, sendo ameaçada a ser internada, sendo ameaçada pelos ponteiros da balança, por cada 100 gramas que eu ganhava ou perdia, sendo prometida com presentes ou broncas intermináveis e... Ahhhhhh!
A perseguição continua. Ainda passo alguns dias sem comer mais que duas refeições e agora é minha consciência que briga comigo, mais do que minha família e meu médico. Aflição sempre quando subo à balança. Eu queria poder ter uma relação normal com a comida, mas acho que vai ser sempre, sempre assim, não é?
A balança estacionou nos 38,2 kg e eu continuo cortando a comida em pedacinhos, me obrigando a comer mais cinco colheradas. Isso é quase uma lavagem cerebral. Vou dizer, isso é difícil de aguentar.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012 0 comentários

Passe adiante




















Às vezes eu pareço uma bebê chorona e tenho certeza de que muita gente pensa isso de mim (principalmente quem me conhece pessoalmente ou que me segue no twitter haha). Eu nunca, nunca mesmo, tive vergonha ou receio de mostrar o que eu sinto ou o que eu penso. Em determinados momentos isso pode se parecer com falta de dignidade ou drama. Porque quando eu quero chorar eu choro na frente de quem for. Quando eu quero dar chilique eu dou em qualquer situação. Quando eu quero reclamar eu reclamo sem me importar com quem vai ouvir. Porque eu sou muito transparente e fiel aos meus sentimentos. E, na verdade, podem dizer o que quiser, mas eu acho eu essa é uma das minhas maiores qualidades.
As pessoas costumam dizer que devemos sorrir mesmo quando estamos tristes e que devemos esconder nossos problemas para não parecermos fracos. Eu considero esses pensamentos ridículos. Coisa de gente orgulhosa demais. E, na minha opinião, os sábios são humildes. Que se dane o que vão pensar de mim. Que se dane se vão achar que sou fraca! Eu sou fraca, sim. Mas também sou forte. Como todo ser humano, tenho essa dualidade em mim. Não sou perfeita e não tenho pretensão de parecer perfeita. Pelo menos, não mais. Todo mundo tem problemas, tristezas, fraquezas e elas não vão desaparecer se eu fingir que elas não existem e andar por aí como se fosse indestrutível. Por que eu haveria de esconder o que eu sinto?
Aí vem a frase clássica: "As pessoas não se importam com o que você sente, elas não querem saber."
Alto lá.
Eu sou a prova viva de que isso não é verdade. Porque, mostrando abertamente todas as dificuldades que eu tenho passado, eu já consegui ajudar pessoas. Sim. Eu consegui fazer com que elas sentissem que não estavam sozinhas, que elas soubessem onde buscar apoio com alguém que passava pelo mesmo que elas. Eu pude ser uma inspiração e fonte de esperança para elas nas minhas vitórias e pude ser um conforto e uma identificação nas minhas derrotas. E, por outro lado, por ter conhecido pessoas que, do mesmo jeito que eu, não se importaram de mostrar seus problemas e fraquezas, eu pude me sentir confortada, consolada. Eu pude encontrar forças, apoio e compreensão. E isso foi fundamental para que eu seguisse em frente nos momentos mais difíceis. Graças a Deus existem pessoas que não tem medo de mostrar o que sentem!
Uma vez eu estava lendo uma oração para a Síndrome do Pânico e algo me chamou atenção nela, uma frase que instruía a ajudar as pessoas com o mesmo problema a partir de suas experiências. E é isso que eu tenho feito. E é isso que acontece. Se temos a sorte de passarmos por experiências ruins e sobrevivermos a elas, porque não ajudarmos as pessoas com os mesmos problemas, utilizando-nos da nossa vivência? Todos nós temos que carregar uma cruz. Mas é muito mais fácil quando temos parceiros que entendam o exato peso da nossa cruz, que saibam os melhores meios de carregá-la para te ensinar ou que vão estar ali, caminhando ao seu lado, sabendo pelo que você está passando e te apoiando. Experiência própria.
Esse blog é apenas para expressar minha opinião, não para convencer ninguém de nada. E esse recado é para mim: Passe adiante. Continue passando adiante. Não tenha medo de sentir o que sente. Não tenha medo de ser quem você é.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012 0 comentários

Do que você precisa?

















Strength and Courage, please.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012 0 comentários

Haruka e Michiru
















Haruka: Então, por que você me protegeu? Você não pode ser uma violinista se machucar suas mãos!"
Michiru: "Eu não estive te seguindo só porque você é uma Sailor. Antes de eu saber que você era uma . . . Eu estava por perto te observando quando você correu de carro pela primeira vez. Eu sempre quis passear com você no seu carro pela beira da praia, apenas uma vez. . . Você nunca pede nada para ninguém. Você é sempre sincera com seus sentimentos."
Haruka: "Eu não sou sincera . . . Eu estou sempre fugindo . . ."
Michiru: "Eu sei mais sobre você do que você sabe sobre si mesma, porque eu te observo o tempo todo! Eu não quero que você vá pelo mesmo caminho que eu. Mas ainda assim eu fiquei feliz quando soube que você era a pessoa certa. . . Me desculpe, eu não queria falar sobre isso . . . Desculpe . . ."

Sailor Moon
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012 0 comentários

It gets better


















Há um ano atrás, eu sentia dores abdominais e enjoos absurdos se tivesse que sair de casa. Há um ano atrás, eu não conseguia dormir um sono tranquilo. Há um ano atrás, eu não conseguia ficar dentro da sala de aula. Há um ano atrás, eu dormia com a minha mãe. Há um ano atrás eu sentia tanto medo o tempo todo, que a vida não fazia mais sentido. Há um ano atrás, eu pensava que morrer não devia ser tão ruim, uma vez que eu me livraria de todo esse sofrimento. Há um ano atrás, nada nem ninguém conseguia me consolar. Há um ano atrás, eu tinha medo de não aguentar o tormento da minha mente e simplesmente dar cabo da minha vida. Há um ano atrás, eu pesava 34 kg. Há um ano atrás, eu tomava 4 calmantes para dormir e mesmo assim não relaxava. Há um ano atrás eu tinha ânsia de vômito com qualquer comida que colocasse na boca. Há um ano atrás eu tinha crises que me faziam tremer inteira dos pés à cabeça e me impossibilitavam de ficar de pé. Há um ano atrás eu desejei morrer para me livrar de uma crise.

Hoje em dia eu ainda fico nervosa quando saio de casa, mas consigo dominar a tensão que causa os desconfortos físicos. Hoje em dia, eu consigo dormir, mesmo que acorde do nada tendo uma crise, consigo voltar a dormir tranquilamente quando ela passa. Hoje em dia, eu consigo ficar dentro da sala de aula, mesmo que olhando o relógio compulsivamente. Hoje em dia, não durmo mais com a minha mãe e nem preciso chamá-la quando tenho crise. Hoje em dia, a vida voltou a fazer todo sentido para mim e eu voltei a querer fazer parte dela, não importa o quê. Hoje em dia, a morte me assusta novamente. Hoje em dia, tenho muitos pensamentos para me consolar, e muita experiência também. Hoje em dia eu sei que as crises vão passar e que essa loucura não pode me dominar. Hoje em dia, eu peso 38 kg. Há nove meses que eu não tomo calmante. Hoje em dia eu consigo comer normalmente na maioria dos dias. Hoje em dia minhas crises são mais curtas e bem menos devastadoras sobre meu corpo. Hoje em dia, morrer não é mais a solução para mim.

Como será daqui a mais um ano?

Eu tenho certeza de que essa dor não pode ser curada, mas tenho certeza também de que ela melhora. Tenho certeza.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 0 comentários

Estupro
















"Então eles perguntam por que não disseram nada.

Por que você não contou a alguém?
Por que você não pediu ajuda?
Por que você não deixou?
Por que você não se respeita o suficiente para escapar?

As mulheres geralmente transformam sua carne numa concha e tornam-se trêmulas garotas mortas-vivas, presas. Algumas vão dizer que ninguém escuta, que as pessoas não querem ver, e que se tentarem alguma coisa, qualquer coisa, elas não vão sofrer, mas outros vão.
O público sempre vaia e diz que VOCÊ DEVERIA TER FEITO ALGUMA COISA. Você deveria ter lutado mais. Você deve ter conhecido alguém que tenha esse poder. Você deveria ter sido forte.
Você não deveria ter sido tão estúpida.
As mulheres acenam e fungam. Elas ainda estão quebradas. Elas ainda concordam com qualquer coisa que alguém queira.
Mesmo as que tentam explicar com a cabeça abaixada, suas mãos em sua volta. A menina está pronta para dizer que está arrependida.
Tudo culpa nossa. Sempre."

Menina Morta-Viva - Elizabeth Scott


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Paixão X Amor

















A paixão queima. O amor aquece.
A paixão destrói. O amor constrói.
A paixão tira o fôlego. O amor ensina a respirar.
A paixão dói. O amor cura.
A paixão desespera. O amor conforta.
A paixão é violenta. O amor é pura paz.
A paixão dispara o coração. O amor o acalma.
A paixão esvazia. O amor preenche.
A paixão não tem sentido. O amor é o sentido da vida.
A paixão é cega. O amor enxerga o invisível.
A paixão maltrata. O amor cuida.
A paixão faz sofrer. O amor faz feliz.
A paixão produz lágrimas. O amor, sorrisos bobos.
A paixão é dominadora. O amor é submisso.
A paixão é egoísta. O amor é altruísta.
A paixão é instantânea. O amor cresce e floresce.
A paixão acaba. O amor é para sempre.
 
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