segunda-feira, 4 de junho de 2012 1 comentários

7 motivos para não sentir medo



1- Meu psiquiatra já me provou que eu não sou e nem vou ficar louca
2- Toda crise de pânico passa em, no máximo, 20 minutos, pois o próprio corpo se encarrega disso
3- Toda tristeza dura menos de 20 minutos, depois disso é apenas auto-infligida
4- Na Bíblia há 366 passagens sobre não temer; uma para cada dia do ano
5- Deus nunca dá um fardo tão pesado que você não possa carregar
6- Aconteça o que acontecer, eu terei que lidar com a coisa
7- Eu quero muito, muito viver
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E se...



E se o mundo parar de girar para o lado e começar a girar para cima?
E se eu começar a ver tudo de cabeça para baixo?
E se eu de repente for assolada por todas as dores do mundo?
E se eu me sentir tão sufocada em mim mesma a ponto de querer sair do meu corpo?
E se eu começar a ver tudo inclinado?
E se a angústia for tanta que eu não consiga suportar?
E se eu ficar com um medo insuportável da vida?
E se essa minha condição não for uma doença, mas sim um dom que só as pessoas mais sensíveis têm por algum motivo assustador?

Eu juro que essas coisas passam pela minha cabeça e me apavoram. E meu psiquiatra jura que eu não sou louca.
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A tal da cura


Tecnicamente eu estou curada. Fui dispensada da terapia já faz um mês e essa semana vou ver meu psiquiatra para um check-up ou sei lá como se chama isso. Tem séculos que não escrevo aqui, eu não sentia vontade. Tinha muitas coisas importantes para escrever, até, mas não sentia necessidade. Agora estou sentindo.

O que é essa cura? Olha, eu sou a pessoa mais pessimista do mundo, mas juro que acreditei que eu estava boa, livre como uma borboleta. Mas não estou. Minha cabeça sempre ferrada recentemente resolveu me lembrar que a tal da cura não tem a ver com libertação, mas sim, com controle. É isso. Uma fera que vou ter que controlar cada dia da minha vida. Uma fera que às vezes se cansa, às vezes amansa, às vezes dorme tão profundamente que nem parece estar lá. Mas, na maioria dos dias, uma fera louca para se desgarrar das correntes do controle sob as quais eu a mantenho. Pois é. A diferença é essa. A cura veio em forma dessas correntes com as quais eu posso controlar a fera. Mas não dá para matar a fera. Não, porque ela é parte de mim. Não existe libertação da fera. Ela nasceu e vai morrer comigo. 
terça-feira, 20 de março de 2012 0 comentários

Um pouco de astrologia















Eis um aspecto do meu mapa astral que, chocantemente, diz quase tudo sobre mim:

Lua em sêxtil e trígono com Mercúrio: A mente da pessoa é muito receptiva, tem boa memória, uma linguagem com bastante poder de expressão e facilidade de compreensão e assimilação. Sentimentalismo, sensatez, popularidade, correspondência entre emotividade ou afetividade e o plano mental, o intelecto. Bom temperamento inclinado a trabalhos intelectuais, favorecimento para assuntos de comércio, viagens, literatura e línguas.

Como tem gente que não acredita em astrologia? Okay, hora de calar minha Lilith em Sagitário.

domingo, 18 de março de 2012 0 comentários

A lição mais valiosa



















Desde o começo eu sabia que todo o sofrimento que eu estava passando me traria alguma coisa de bom, eu sabia que tinha algum propósito, alguma lição maior, um pedacinho de sabedoria. E, bem, acho que finalmente eu descobri que lição é essa. Ou, pelo menos, uma delas, e é a lição da esperança.
Eu me lembro de quando fazia catecismo e crisma e teve aquela aula sobre as virtudes. Falava-se sobre a esperança e eu sempre ficava incomodada. Eu sempre pensava que a esperança não servia para nada. Não conseguia encaixar a esperança na minha vida. Quer dizer, o que tem de bom em você esperar por uma coisa que pode nunca acontecer? Isso só traz frustração. É melhor não ter esperança. Eu me sentia incomodada de renegar uma virtude divina, algo que todos dizem ser bom, só que eu não conseguia ver nada de bom, mesmo.
Mas agora eu vejo.
A esperança não é esperar que algo que pode nunca acontecer aconteça. A esperança é a fé no futuro, a fé no que está por vir, a vontade de seguir em frente mesmo nos períodos mais escuros da vida porque você sabe, tem esperança, de que a luz está te esperando lá na frente e tudo pode mudar. É isso.
Quando eu estava (muito) doente eu não tinha esperança e nem queria ter. Permanecia aquele pensamento "Para quê?". Mas agora que eu estou tão melhor, meu Deus... Eu vejo que, se eu não tivesse seguido em frente, eu nunca teria chegado aqui. Eu nunca saberia que era possível se sentir bem de novo. Eu nunca saberia que era possível fazer as coisas (quase) normalmente sem viver morrendo de medo.
Foi isso que eu aprendi. A gente nunca, nunca sabe o que está por vir. E isso é maravilhoso! É aí que entra a esperança. Tudo pode estar péssimo agora. Tudo pode estar ruindo. Você pode ter vontade de acabar com sua vida porque não consegue imaginar que as coisas possam melhorar. Mas elas podem. É preciso ter esperança no futuro porque a gente não sabe o que nos aguarda. Coisas inimagináveis podem acontecer. Coisas maravilhosas. E você vai querer estar vivo para experimentá-las. E você vai sorrir de novo. A esperança é maravilhosa.
Agora não importa quão sombria esteja a minha vida. Eu aprendi a lição mais valiosa. Vou ter esperança. Qualquer coisa pode acontecer. Tudo pode mudar e o que eram trevas pode se encher de uma luz gloriosa.
domingo, 11 de março de 2012 0 comentários

Asas de um sonho
















Eis um poema que escrevi por volta dos 16 anos. Não sou muito boa com poemas, só para constar.

Asas de um sonho

Borboleta cor de céu
Cor de céu ao entardecer
Nos primeiros segundos depois do sol
Numa flor aos meus olhos
Quero tocar
Quero pegar

Pé ante pé
Sorrindo de coração disparado
Aproximo-me
E por quê?
Por quê?

Ela voa, voa
Voa perturbadoramente encantadora
Mãos esticadas
E aperto no peito
Venha pequenina!
Venha preciosa!

Ela já se foi
Um ponto distante no ar
Meus olhos a lacrimejar
E continuo tentando alcançar

Estava tão perto
E já parece que nunca esteve aqui
A borboleta lilás que eu chamei de sonho
sexta-feira, 9 de março de 2012 0 comentários

O amor triunfa sobre a morte















Li esse poema hoje na aula de Literatura Portuguesa II e fiquei maravilhada. O amor sendo retratado como algo plácido, porém, mais forte que tudo. O amor triunfando sobre a morte.


Mors - AmorEsse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"
Antero de Quental
sábado, 3 de março de 2012 0 comentários

Ilusão

















"Se a tristeza e a dor fossem apenas ilusões, isso não te deixaria mais animada?" - Tenoh Haruka, Sailor Moon


Talvez esse seja uma boa consolação. Se algum dia tudo isso tiver sido apenas uma ilusão... Se na verdade a tristeza e a dor não existirem... Bem... Quem sabe nada mais faça diferença?
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Solidão















Tenho pensado muito sobre a fragilidade dos relacionamentos. Sobre as pessoas. Elas parecem bolhas de sabão na nossa vida. Uma hora estão ali, te rodeando, te fazendo sorrir e no momento seguinte elas voaram para longe, ou estouraram e... E você nunca mais vai vê-las.
Acho injusto.
Por que existe o amor se ele não é para sempre?
Nunca é para sempre.
Mesmo que uma pessoa fique com você até que a morte te separe dela... Bem... Eventualmente, a morte vai vir para separar.
Por que? Por que a gente tem que se apegar tanto às pessoas, por que a gente tem que amar, só para ter que lidar com a dor devastadora da perda depois? Por que a gente não pode escolher controlar nossos sentimentos?
Sei que eu me fui da vida de muitas pessoas, injustamente e as deixei com esse sentimento de vazio e solidão que eu sinto por outras pessoas terem me deixado. Terem partido para longe. Estarem partindo para longe. Um dia, tenho certeza, partirão para longe.
Eu não estou preparada para dizer adeus a certas pessoas e acho que nunca estarei. Mas, de que adianta? A vida é implacável contra isso. Não tem solução. Mas, ultimamente, isso tem massacrado meu coração e me deixado tão, tão melancólica...
Parece que não posso me segurar em ninguém e eu tenho essa necessidade de me segurar em alguém. De saber que ela vai estar sempre ali. Pelo menos ela. Pelo menos alguém. Mas não. Não importa o quanto eu me agarre nelas, elas estão partindo lentamente... E estão me deixando. E eu vou acabar sozinha. Todos vão.
No fim, tudo se resume a apenas você mesmo.
Então por que o amor existe?
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 0 comentários

Shadow














"Você, que é mãe, lembre-se de que o seu exemplo é a lição mais forte para o seu filho.
Não discuta com seu marido diante das crianças.
Não critique o pai diante dos filhos.
Não fale mal dele.
Nunca o diminua com desprezo.
O exemplo de um lar bem constituído é a maior felicidade que você pode legar a seus filhos.
Por amor deles, saiba sofrer, se for preciso, porque eles são frutos que você mesma gerou."

Minutos de Sabedoria
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Ansiedade















"Sofro por antecipação. Morro antes de levar o tiro." - Caio Augusto Leite
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Comer, comer















Os problemas com a comida me perseguem desde que eu me entendo por gente. Não sei se é assim com todo mundo que tem distúrbio alimentar, mas comigo foi. Eis o meu relato. Deixava minha mãe e minha avó malucas na hora da comida porque eu simplesmente não comia. Minha mãe se queixava para o médico e ele perguntava se eu comia besteira, tipo McDonald. A resposta? Eu não comia nada mesmo. Eu não gostava de comer. Estar na mesa era um sofrimento porque eu tinha que ouvir todos os tipos de barganhas e ameaças para comer pelo menos metade do que estava no prato. "Só mais cinco colheradas!" "Se não comer, não vai ganhar uma coisa." "Se não comer, mamãe vai ficar triste." "Se não comer vai ficar doente!" E aí dividiam a comida no prato, me incentivando a comer só um dos lados. Até hoje eu tenho essa maldita mania de dividir a comida quando sinto a falta de apetite se apoderar de mim.
Cresci menos do que a maioria das pessoas. Fui, possivelmente, a todos os endocrinologistas do Rio de Janeiro. Me fartei de fazer exames de sangue, radiografias das mãos e ouvir sobre hipófise e outros hormônios. E sabe o que todos os médicos diziam quando viam meu corpo magrelo e eu subia na balança e lá estavam os 20 kg de sempre? "Essa garota é desnutrida." "Ela precisa comer." "Um danoninho vale por um bifinho." Etc etc etc.
Isso cansa.
Parei de crescer em 1,47 m de altura e, de verdade, nunca me incomodei com isso. Talvez como um protesto a toda essa chatice que me fizeram passar. Ouvi tantas críticas da família, não aguentava minha avó me mandando comer. Era uma tortura. Tudo na minha vida girava em torno de que "eu não comia." E, contraditoriamente, meus exames de sangue sempre foram perfeitos. Mas alguém notava isso?
Aí eu cresci, tomei um bendito remédio que me fez engordar 7,5 kg (não, não foi nenhum remédio para abrir o apetite, e eu já tomei todos possíveis também), e quase tive uma anorexia. Graças a Deus isso não foi para frente, essa minha paranóia para emagrecer. Mas também, cinco anos depois, graças a problemas de família, acredito eu, que contribuíram para elevar minha ansiedade, já problemática, para fora dos limites, eu emagreci 6 kg. Não tinha quem não me visse que não dissesse que eu estava com cara de doente. Minhas roupas ficaram enormes. Calças tamanho 34 que tinham que ser diminuídas. Calça tamanho 32 que eu vestia com outra calça por baixo. E, o pior de tudo: podia passar dias com uma refeição apenas no estômago. E só de colocar qualquer coisa na boca eu tinha ânsia de vômito.
Descobri que estava com anorexia no ano passado. Já recuperei 4 kg, graças a Deus, e não pareço mais doente. Mas a perseguição com a comida continua. Semanalmente tenho que ouvir meu psiquiatra me perguntar como está minha alimentação, o que eu estou comendo, como estou comendo. Tive que aguentar uma vigilância excruciante da minha alimentação da parte da minha família. De novo. De novo, de novo, me via com 7 anos de idade dividindo a comida no prato, sendo obrigada a comer, sendo ameaçada a ser internada, sendo ameaçada pelos ponteiros da balança, por cada 100 gramas que eu ganhava ou perdia, sendo prometida com presentes ou broncas intermináveis e... Ahhhhhh!
A perseguição continua. Ainda passo alguns dias sem comer mais que duas refeições e agora é minha consciência que briga comigo, mais do que minha família e meu médico. Aflição sempre quando subo à balança. Eu queria poder ter uma relação normal com a comida, mas acho que vai ser sempre, sempre assim, não é?
A balança estacionou nos 38,2 kg e eu continuo cortando a comida em pedacinhos, me obrigando a comer mais cinco colheradas. Isso é quase uma lavagem cerebral. Vou dizer, isso é difícil de aguentar.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012 0 comentários

Passe adiante




















Às vezes eu pareço uma bebê chorona e tenho certeza de que muita gente pensa isso de mim (principalmente quem me conhece pessoalmente ou que me segue no twitter haha). Eu nunca, nunca mesmo, tive vergonha ou receio de mostrar o que eu sinto ou o que eu penso. Em determinados momentos isso pode se parecer com falta de dignidade ou drama. Porque quando eu quero chorar eu choro na frente de quem for. Quando eu quero dar chilique eu dou em qualquer situação. Quando eu quero reclamar eu reclamo sem me importar com quem vai ouvir. Porque eu sou muito transparente e fiel aos meus sentimentos. E, na verdade, podem dizer o que quiser, mas eu acho eu essa é uma das minhas maiores qualidades.
As pessoas costumam dizer que devemos sorrir mesmo quando estamos tristes e que devemos esconder nossos problemas para não parecermos fracos. Eu considero esses pensamentos ridículos. Coisa de gente orgulhosa demais. E, na minha opinião, os sábios são humildes. Que se dane o que vão pensar de mim. Que se dane se vão achar que sou fraca! Eu sou fraca, sim. Mas também sou forte. Como todo ser humano, tenho essa dualidade em mim. Não sou perfeita e não tenho pretensão de parecer perfeita. Pelo menos, não mais. Todo mundo tem problemas, tristezas, fraquezas e elas não vão desaparecer se eu fingir que elas não existem e andar por aí como se fosse indestrutível. Por que eu haveria de esconder o que eu sinto?
Aí vem a frase clássica: "As pessoas não se importam com o que você sente, elas não querem saber."
Alto lá.
Eu sou a prova viva de que isso não é verdade. Porque, mostrando abertamente todas as dificuldades que eu tenho passado, eu já consegui ajudar pessoas. Sim. Eu consegui fazer com que elas sentissem que não estavam sozinhas, que elas soubessem onde buscar apoio com alguém que passava pelo mesmo que elas. Eu pude ser uma inspiração e fonte de esperança para elas nas minhas vitórias e pude ser um conforto e uma identificação nas minhas derrotas. E, por outro lado, por ter conhecido pessoas que, do mesmo jeito que eu, não se importaram de mostrar seus problemas e fraquezas, eu pude me sentir confortada, consolada. Eu pude encontrar forças, apoio e compreensão. E isso foi fundamental para que eu seguisse em frente nos momentos mais difíceis. Graças a Deus existem pessoas que não tem medo de mostrar o que sentem!
Uma vez eu estava lendo uma oração para a Síndrome do Pânico e algo me chamou atenção nela, uma frase que instruía a ajudar as pessoas com o mesmo problema a partir de suas experiências. E é isso que eu tenho feito. E é isso que acontece. Se temos a sorte de passarmos por experiências ruins e sobrevivermos a elas, porque não ajudarmos as pessoas com os mesmos problemas, utilizando-nos da nossa vivência? Todos nós temos que carregar uma cruz. Mas é muito mais fácil quando temos parceiros que entendam o exato peso da nossa cruz, que saibam os melhores meios de carregá-la para te ensinar ou que vão estar ali, caminhando ao seu lado, sabendo pelo que você está passando e te apoiando. Experiência própria.
Esse blog é apenas para expressar minha opinião, não para convencer ninguém de nada. E esse recado é para mim: Passe adiante. Continue passando adiante. Não tenha medo de sentir o que sente. Não tenha medo de ser quem você é.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012 0 comentários

Do que você precisa?

















Strength and Courage, please.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012 0 comentários

Haruka e Michiru
















Haruka: Então, por que você me protegeu? Você não pode ser uma violinista se machucar suas mãos!"
Michiru: "Eu não estive te seguindo só porque você é uma Sailor. Antes de eu saber que você era uma . . . Eu estava por perto te observando quando você correu de carro pela primeira vez. Eu sempre quis passear com você no seu carro pela beira da praia, apenas uma vez. . . Você nunca pede nada para ninguém. Você é sempre sincera com seus sentimentos."
Haruka: "Eu não sou sincera . . . Eu estou sempre fugindo . . ."
Michiru: "Eu sei mais sobre você do que você sabe sobre si mesma, porque eu te observo o tempo todo! Eu não quero que você vá pelo mesmo caminho que eu. Mas ainda assim eu fiquei feliz quando soube que você era a pessoa certa. . . Me desculpe, eu não queria falar sobre isso . . . Desculpe . . ."

Sailor Moon
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012 0 comentários

It gets better


















Há um ano atrás, eu sentia dores abdominais e enjoos absurdos se tivesse que sair de casa. Há um ano atrás, eu não conseguia dormir um sono tranquilo. Há um ano atrás, eu não conseguia ficar dentro da sala de aula. Há um ano atrás, eu dormia com a minha mãe. Há um ano atrás eu sentia tanto medo o tempo todo, que a vida não fazia mais sentido. Há um ano atrás, eu pensava que morrer não devia ser tão ruim, uma vez que eu me livraria de todo esse sofrimento. Há um ano atrás, nada nem ninguém conseguia me consolar. Há um ano atrás, eu tinha medo de não aguentar o tormento da minha mente e simplesmente dar cabo da minha vida. Há um ano atrás, eu pesava 34 kg. Há um ano atrás, eu tomava 4 calmantes para dormir e mesmo assim não relaxava. Há um ano atrás eu tinha ânsia de vômito com qualquer comida que colocasse na boca. Há um ano atrás eu tinha crises que me faziam tremer inteira dos pés à cabeça e me impossibilitavam de ficar de pé. Há um ano atrás eu desejei morrer para me livrar de uma crise.

Hoje em dia eu ainda fico nervosa quando saio de casa, mas consigo dominar a tensão que causa os desconfortos físicos. Hoje em dia, eu consigo dormir, mesmo que acorde do nada tendo uma crise, consigo voltar a dormir tranquilamente quando ela passa. Hoje em dia, eu consigo ficar dentro da sala de aula, mesmo que olhando o relógio compulsivamente. Hoje em dia, não durmo mais com a minha mãe e nem preciso chamá-la quando tenho crise. Hoje em dia, a vida voltou a fazer todo sentido para mim e eu voltei a querer fazer parte dela, não importa o quê. Hoje em dia, a morte me assusta novamente. Hoje em dia, tenho muitos pensamentos para me consolar, e muita experiência também. Hoje em dia eu sei que as crises vão passar e que essa loucura não pode me dominar. Hoje em dia, eu peso 38 kg. Há nove meses que eu não tomo calmante. Hoje em dia eu consigo comer normalmente na maioria dos dias. Hoje em dia minhas crises são mais curtas e bem menos devastadoras sobre meu corpo. Hoje em dia, morrer não é mais a solução para mim.

Como será daqui a mais um ano?

Eu tenho certeza de que essa dor não pode ser curada, mas tenho certeza também de que ela melhora. Tenho certeza.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 0 comentários

Estupro
















"Então eles perguntam por que não disseram nada.

Por que você não contou a alguém?
Por que você não pediu ajuda?
Por que você não deixou?
Por que você não se respeita o suficiente para escapar?

As mulheres geralmente transformam sua carne numa concha e tornam-se trêmulas garotas mortas-vivas, presas. Algumas vão dizer que ninguém escuta, que as pessoas não querem ver, e que se tentarem alguma coisa, qualquer coisa, elas não vão sofrer, mas outros vão.
O público sempre vaia e diz que VOCÊ DEVERIA TER FEITO ALGUMA COISA. Você deveria ter lutado mais. Você deve ter conhecido alguém que tenha esse poder. Você deveria ter sido forte.
Você não deveria ter sido tão estúpida.
As mulheres acenam e fungam. Elas ainda estão quebradas. Elas ainda concordam com qualquer coisa que alguém queira.
Mesmo as que tentam explicar com a cabeça abaixada, suas mãos em sua volta. A menina está pronta para dizer que está arrependida.
Tudo culpa nossa. Sempre."

Menina Morta-Viva - Elizabeth Scott


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Paixão X Amor

















A paixão queima. O amor aquece.
A paixão destrói. O amor constrói.
A paixão tira o fôlego. O amor ensina a respirar.
A paixão dói. O amor cura.
A paixão desespera. O amor conforta.
A paixão é violenta. O amor é pura paz.
A paixão dispara o coração. O amor o acalma.
A paixão esvazia. O amor preenche.
A paixão não tem sentido. O amor é o sentido da vida.
A paixão é cega. O amor enxerga o invisível.
A paixão maltrata. O amor cuida.
A paixão faz sofrer. O amor faz feliz.
A paixão produz lágrimas. O amor, sorrisos bobos.
A paixão é dominadora. O amor é submisso.
A paixão é egoísta. O amor é altruísta.
A paixão é instantânea. O amor cresce e floresce.
A paixão acaba. O amor é para sempre.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012 0 comentários

Esperança


















Eis uma frase que me ajudou muito com a Síndrome do Pânico. Uma frase de esperança.

"Don't believe it when you lose your faith, another moment is a moment away."

Da música Forgiveness and Love da Miley Cyrus.
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Apenas uma chuva forte























Uma das primeiras conversas que tive com meu psiquiatra foi sobre isso. Sou o tipo de pessoa que faz tempestade em copo d'água. Sou o tipo de pessoa que vê nuvens negras no céu e já imagina uma tempestade arrasadora.
"É só uma chuva forte". - disse o psiquiatra para mim, o que queria dizer que eu precisava dosar minha intensidade, um enorme desafio para uma escorpiana.
Diminuir a intensidade do meu pessimismo. Esse é meu desafio. Qualquer pequena sombra eu transformo num monstro pronto a me mastigar viva e me engolir, quando, na verdade... É apenas uma sombra. Qualquer carocinho que surge no meu corpo eu transformo em câncer, quando na verdade, pode ser apenas um inchaço inofensivo, ou uma espinha. Minha mente sempre teve facilidade para criar grandes tragédias, o que é um dom para as minhas histórias, mas uma maldição para a minha vida. É engraçado como seu pior inimigo pode ser o seu melhor amigo ao mesmo tempo. É a tal da faca de dois gumes.
Enfim.
Hoje eu acordei certa de que estava tendo uma alucinação. Pode ter sido apenas uma pequena falha da minha mente grogue porque eu tinha acabado de acordar. Mas eu jurei que tinha começado uma esquizofrenia, lendo sobre os sintomas na internet e me identificando com quase todos eles, muito embora meu médico já tenha me dito umas trezentas vezes que não sou louca.
"Infelizmente, você não tem possibilidade de ficar esquizofrênica." - é o que ele sempre diz, brincando comigo dizendo que eu devo querer muito ser louca para cismar tanto com isso.
Depois de me certificar de que tinha começado um processo esquizofrênico, um estresse se abateu em casa. É claro que a minha mente imaginou proporções incontroláveis de drama e de catástrofes como consequências desse estresse.
Até que eu parei e pensei: tudo bem, as nuvens estão escuras, mas pode se tratar de apenas uma chuva forte. Não é?
Só o tempo dirá. O importante é que eu tenha na cabeça que posso lidar com qualquer situação que apareça no meu caminho. E que eu não me desespere antes do tempo. Nem depois do tempo, mas principalmente antes do tempo, por favor.
É apenas uma chuva forte. É apenas uma chuva forte. Não vai desmoronar a casa.
domingo, 29 de janeiro de 2012 0 comentários

O amor


















"O amor é muito paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso nem orgulhoso, nunca é arrogante, nem egoísta, nem tão pouco rude. O amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço, nem melindroso. Não guarda rancor e dificilmente notará o mal que outros lhe fazem. Nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa. Se você amar alguém, será leal para com ele, custe o que custar. Sempre acreditará nele, sempre esperará o melhor dele, e sempre se manterá em sua defesa."

I Coríntios 13:1-7


Esse é o amor no qual acredito, o amor verdadeiro. Nada pode ser maior que ele.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012 0 comentários

Síndrome de Barbie















Você vai a uma loja de brinquedos, na sessão feminina e vê uma estante inteira só de Barbie. Tem a Barbie veterinária, a Barbie babá, a Barbie cantora, a Barbie princesa, a Barbie pediatra, a Barbie bailarina, a Barbie top model, a Barbie ginasta, a Barbie sereia, a Barbie cozinheira, a Barbie Miss... Uau! Como apenas uma mulher consegue ser TANTA COISA ao mesmo tempo?
Bem, nós sabemos que a Barbie é um brinquedo e brinquedos servem também para estimular a imaginação das crianças... Mas acontece que, parece que algumas crianças foram estimuladas além do limite do real e desenvolveram a Síndrome da Barbie, seja o que você quiser.
Conversando com a minha irmã, falávamos sobre isso, sobre pessoas que, a despeito de ter ou não talento, querem ser tudo ao mesmo tempo. Ela se queixava de conhecer pessoas assim e eu pensei em escrever esse post. Eu acredito mesmo que todos possam ser o que quiserem e que há pessoas com múltiplos talentos, mas... Pera lá, né? Repito que a Barbie é um brinquedo! Não dá para querer ser veterinária, babá, princesa, pediatra, bailarina, top model, ginasta, sereia, cozinheira e Miss, pelo menos não tudo isso na mesma encarnação, né?
O curioso e mais irritante é que as pessoas com Síndrome da Barbie, além de parecerem terem desenvolvido um senso um tanto quanto equivocado do real, também desevolveram uma certa megalomania. Porque, bem, elas acham que podem TUDO. Que tem talento para TUDO. E não é bem assim não... Acredito que talentos naturais, tenhamos poucos. E acredito que com esforço a gente possa conseguir tudo que não temos talento para fazer. Mas é humanamente impossível conseguir administrar esforço para TANTAS tarefas ao mesmo tempo. O que vai acontecer é que nenhuma delas vai sair bem feita.
Falando inteiramente por mim, eu fico muito irritada quando uma pessoa que só escreve de vez em quando vem se meter à besta dizendo que é ESCRITORA. Acho que para você se considerar algo, você tem que ser de corpo e alma aquele algo. Eu sou escritora e amo a escrita porque eu vivo e respiro isso, é tudo para mim, não admito que uma Barbie com um caderninho e uma caneta na mão venha se dar o título. Mas isso pode ser só minha intensidade escorpiana falando...
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Se aceitar é fácil... Difícil é aceitar os outros!



















Eu particularmente acho que um dos maiores problemas da minha personalidade é ser intolerante. Eu costumo me irritar muito quando as pessoas pensam de um jeito diferente do meu ou agem de uma forma que eu não concordo. Não consigo evitar a ira e, mais tarde, até um confronto. Eu não sei o limite entre expor minha opinião e aceitar a opinião do outro, não... Eu quero invadir a cabeça do outro e mudá-la, quero fazer com que ele enxergue que quem está certa sou eu, que os meus valores são os verdadeiros e ponto final.
Eu tenho consciência do quanto isso é ridículo, mas não consigo evitar.
Acredito que todos nós, quando estamos descobrindo quem somos, experimentamos uma fase difícil de adaptação com a nossa verdadeira personalidade, com ser o que a gente é e não o que a gente gostaria de ser. É difícil aceitar quem nós somos... Mas eu acho ainda mais difícil aceitar quem os outros são.
Algumas pessoas simplesmente me irritam e me tiram do sério com algumas coisas no jeito de ser delas. E eu gostaria de apenas poder engolir isso, digerir, rir e seguir com a minha vida, por que é que eu não consigo?
Acho que, como o processo de aceitação da minha aparência, vou ter que começar a trabalhar nesse processo de aceitar os outros... Porque alguns tipos não são fáceis de engolir não. Não sem fazer careta para o gosto nojento, engasgar e, por vezes, vomitar na própria pessoa.
Vou fazer uma lista das coisas que mais me irritam na personalidade alheia.

1- Não ter personalidade própria e tentar imitar a de outra pessoa
2- Não saber o que quer e o que é
3- Efusividade
4- Futilidade extrema (do tipo que só fala de cabelo, de unha, de roupa, de corpo)
5- Só saber falar mal dos outros
6- Poser
7- Falta de consciência (do tipo que não percebe nem mesmo o que é e o que faz, que não tem senso de culpa, que sempre tem desculpa para tudo e nunca admite os próprios erros)
8- Machismo
9- Achar que sabe de tudo e que está acima do bem e do mal
10- Ficar bêbado
11- Se fazer de vítima
12- Desvalorizar pessoas que nascem em berço de ouro como se fosse culpa delas não ter que batalhar por dinheiro
13- Falar demais e não ouvir
14- Possessividade
15- Se ofender com tudo

Ah, tem muito mais, acho que poderia ficar a vida inteira fazendo essa lista. Mas ok, vou deixar por aqui, qualquer coisa, faço outro post =D
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A solução da questão da beleza
















Depois da conversa com meu terapeuta ontem, eu finalmente entendi. Não é preciso fingir que o problema não existe. Não é preciso mudar. É preciso apenas aceitar. Assim como aceito minha personalidade que não é das mais fáceis e nem sempre das mais agradáveis, tenho que aceitar minha aparência. Tenho que aceitar minha beleza, porque assim como minha personalidade, ela é única; assim como a minha personalidade, pode não agradar alguns, mas pode simplesmente fascinar outros.
Deus não faz nada errado nessa vida, e se eu acredito Nele, eu tenho que acreditar que sou linda do jeito que eu sou, assim como todo mundo é, do seu próprio jeito. E se eu acreditar que sou linda e que minha beleza basta, por que é que eu ligaria para a opinião alheia?
Não vou deixar nada mais me prender ou tentar me inferiorizar, nenhuma comparação, nenhuma pressão, nenhum padrão. Essa sou eu, livre e voando para cada dia mais perto de acreditar mais em mim mesma. Essa sou eu, a única eu desse mundo. Tem coisa mais linda do que ser você mesmo em toda sua plenitude?

"Wouldn't wanna be anybody else

You made me insecure
Told me I wasn't good enough
But who are you to judge
When you're a diamond in the rough
I'm sure you got some things
You'd like to change about yourself
But when it comes to me
I wouldn't want to be anybody else

Na na na
Na na na
I'm no beauty queen
I'm just beautiful me
Na na na
Na na na
You've got every right
To a beautiful life
C'mon

Who says
Who says you're not perfect
Who says you're not worth it
Who says you're the only one that's hurting
Trust me
That's the price of beauty
Who says you're not pretty
Who says you're not beautiful
Who says

It's such a funny thing
How nothing's funny when it's you
You tell 'em what you mean
But they keep whiting out the truth
It's like a work of art
That never gets to see the light
Keep you beneath the stars
Won't let you touch the sky

Na na na
Na na na
I'm no beauty queen
I'm just beautiful me
Na na na
Na na na
You've got every right
To a beautiful life
C'mon

Who says
Who says you're not perfect
Who says you're not worth it
Who says you're the only one that's hurting
Trust me
That's the price of beauty
Who says you're not pretty
Who says you're not beautiful

Who says
Who says you're not start potential
Who says you're not presidential
Who says you can't be in movies
Listen to me, listen to me
Who says you don't pass the test
Who says you can't be the best
Who said, who said
Won't you tell me who said that

Who says
Who says you're not perfect
Who says you're not worth it
Who says you're the only one that's hurting
Trust me
That's the price of beauty
Who says you're not pretty
Who says you're not beautiful Who says?"
Selena Gomez - Who says
terça-feira, 24 de janeiro de 2012 0 comentários

A questão da beleza


















Amanhã preciso conversar com meu terapeuta sobre isso. Eu não aguento mais me sentir mal e triste por me sentir feia. Não exatamente feia. Mas desprovida de uma beleza notável. Sem graça.
A verdade é que eu sempre sofri com isso na minha vida. Sempre em comparação com pessoas muito bonitas ao meu redor eu me tornava uma coisinha opaca, invisível, insignificante. E ainda hoje eu me sinto assim. Não consigo acreditar que existe alguém nesse mundo que olhe para mim e admire a minha beleza. Não tenho um pingo de sensualidade e já tive que ouvir isso. E ouvir isso me destruiu. E eu queria entender porque.
Por que a beleza é tão importante? Por que, afinal? O que devia nos fazer interessante, orgulhosos, o que nós devíamos buscar são coisas como a inteligência, o humor, a irreverência, uma personalidade marcante. Porque beleza... Uma pintura pode ser bonita. Uma casa pode ser bonita. Uma roupa pode ser bonita. Mas nós, seres humanos, podemos ter PERSONALIDADE. Isso deveria importar, isso deveria ser o diferencial.
Mas, de todo modo, não é. E as pessoas continuam atribuindo valor às outras pela beleza. Se você não for bonito, você não se sente amado. Se você não for bonito e atraente, não se sente capaz de encontrar o amor ou de merecê-lo. Por que isso? Não é uma coisa muito cruel, uma vez que não escolhemos como nascemos? Todos nós não merecemos ser amados e felizes?
Eu queria conseguir não ligar para essa cobrança. Queria viver acima disso. Mas por que eu não consigo?
Eu queria seguir minha filosofia e viver pensando em coisas mais importantes. Ser feliz. Fazer o que me dá prazer. Estar perto de quem eu amo. Me importar com quem eu sou e não com o que eu pareço. Mas de que adianta querer tudo isso se, por não me sentir bonita, eu não me sinto merecedora de estar com quem eu amo?
Comecei a conversar sobre isso com meu terapeuta semana passada e ele começou a falar para eu tentar me destacar mais. Mas eu não consigo gostar desse conselho. Sinto uma coisa tão forçada, eu passar maquiagem, arrumar o cabelo, colocar um monte de enfeites para aparecer... Acho tão falso que as pessoas se mudem todas para alcançar esse ideal de beleza. Elas deixam de ser elas. Eu não gosto muito da minha aparência, mas ela faz parte do que eu sou e eu não quero mudar o que eu sou, não quero deixar de ser quem sou. Porque eu ainda tenho a consciência de que o que eu sou é mais importante que tudo.
Acho que eu entendi porque as personagens das minhas histórias são sempre naturalmente lindas. É o único modo de realizar o desejo do meu coração.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012 0 comentários

Belonofobia




















Hoje eu dei o primeiro passo para me curar da minha belonofobia, ou seja, fobia de agulhas.
Não dava mais para aguentar. Toda vez que preciso tirar sangue passo mal antes, durante e depois do processo. Só de ver uma pessoa no soro na televisão eu já começo a sentir náuseas e as mãos suando. Quando imagino que posso ser internada um dia, Deus me ajude.
Mas tenho fé que vou conseguir me curar!
Meu psiquiatra me ensinou uma técnica que se chama dessensibilização e consiste em enfrentar, aos poucos, seu objeto temido. No meu caso, as agulhas. Meu querido namorado, que é veterinário, me forneceu uma agulha, uma seringa e até um cateter intravenoso. O primeiro passo foi dado, adquirir os objetos. Agora tenho que me acostumar com eles até que eles não me causem mais ansiedade e mal-estar. Até que eu esteja pronta para imaginá-los atravessando minha veia sem me sentir à beira de um desmaio.
domingo, 22 de janeiro de 2012 0 comentários

Análise Positiva
















Não gosto de elogiar, mas a verdade é que, pela primeira vez, eu tenho experimentado uma melhora muito significativa no meu transtorno de ansiedade e na síndrome do pânico. Não sei o que aconteceu. Será que o tratamento finalmente surtiu efeito? Será que é o Complexo B? Será que é a magia da passagem de ano? Sei lá... O que interessa é que tenho me sentido muito menos ansiosa, quase como se eu nem tivesse problema nenhum. Tive algumas crises, sim, mas elas passaram tão rápido e foram tão fracas que mal puderam me abalar. Acordei várias vezes pela manhã, no momento em que geralmente tinha as piores crises, e nenhuma apareceu. Saí e almocei em restaurantes, situações que me deixavam muito nervosa, e fiquei mais tranquila do que esperava. E, por fim, sofri alguns estresses bem severos em casa com a família e tudo mais, e isso não abalou a minha ansiedade.
Será um milagre? Estou finalmente voltando para Raspberry Heaven?
Se eu não tivesse tanto medo do otimismo, eu juro que comemoraria mais. Mas estou sempre no aguardo da próxima desgraça e isso é coisa que, em quase um ano de tratamento, eu não consegui mudar. Pelo menos ainda.
sábado, 21 de janeiro de 2012 0 comentários

Somebody




















Estou me sentindo bastante invisível no momento. Não apreciada como gostaria, não admirada como gostaria, não olhada o suficiente, não importante o bastante.
Sinto falta de olhos que brilham olhando nos meus, sinto falta de elogios e de palavras doces, sinto falta de um carinho espontâneo e com vontade. Sinto falta de me sentir a mais sortuda das criaturas, sinto falta de me sentir desejada, sinto falta de me sentir linda e preciosa, mesmo que seja apenas para um alguém.
E não há nada que eu possa fazer. Não se implora por amor. E eu mesma me amar não está parecendo o bastante.

"Can you see me?
'Cause I'm right here,
Can you listen
'Cause I've been trying to make you notice
What do you mean to me
To feel like somebody
We've been on our way to nowhere
Trying so hard to get there
And I say

Oh!
We're gonna let it show
We're gonna just let go!
Of everything
Holding back our dreams and try
To make it come alive
Come on let it shine
So they can see we we're meant to be

Somebody!
(Somebody)
Somebody,ya
Somehow,
Someday,
Someway
Somebody

I'm so tired
Of being invisible
But I feel it
Yeah,like a fire below the surface
Trying to set me free
But inside of me
The standing
'Cause we're on edge now

It's a long way down.
But I say
Oh!
We're gonna let it show
We're gonna just let go!
Of everything
Holding back our dreams and try
To make it come alive
Come on let it shine
So they can see we we're meant to be

Somebody!
(Somebody)
Somebody,ya!
Somehow,
Someday
Someway
Somebody

We will walk out
Of this darkness
Feel the sparklight
Glowing like the yellow sun
And then
We fight,
We fight together
'Til we get back up
And we will rise as one

Oh,woah!
Oh!Oh!Oh!
We're gonna let it show
(Let it show)
We're gonna just let go!
Of everything
Holding back our dreams and try
To make it come alive,
(Make it come alive)
Come on let it shine
So they can see we we're meant to be
Somebody yeah,
Someday
Somehow
Someway

Somebody
Somebody..."

Somebody - Bridgit Mendler
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A verdade mais inaceitável




















Uma das maiores ilusões dessa vida é a de que a nossa família é o nosso porto seguro, o que há de mais estável nas nossas vidas. A ilusão de que os pais são as criaturas mais altruístas do mundo, que pensam primeiramente nos seus filhos, que colocam de lado qualquer problema por eles e que são aqueles que sempre vão saber quando as coisas estão indo mal com você e fazer de tudo para ajudar.
No ano passado eu aprendi na terapia que isso não é verdade. E não é porque os pais sejam maus. É porque são humanos. Eles erram como qualquer humano. Eles são egoístas como qualquer humano. E muitas, muitas, muitas, muitas vezes colocam as necessidades e vontades deles acima das dos filhos, fingem que não vêem o que está acontecendo com sua prole apenas para não terem que lidar com o problema ou para não terem que se responsabilizar por eles. Bem... Talvez não haja motivo para isso magoar, já que é a lei da vida e dos humanos, e, afinal, eu não sei se sou capaz de algum altruísmo, mesmo quando tiver meus filhos. Porém, isso magoa.
Agora, a culpa é de quem? Dos pais que deviam cuidar melhor e se esforçar mais pelos seus filhos, uma vez que tiveram a brilhante idéia de colocá-los no mundo ou da nossa cabeça que criou esse mundinho de sonhos onde papai e mamãe são heróis de coração puro e invencíveis?
Eu não sei... Mas nesse momento estou aqui angustiada porque, a pessoa que sempre foi o topo do meu pedestal está simplesmente passando por cima de um dos piores problemas que eu já enfrentei na vida, sem dar a mínima importância para ele, como se ele não estivesse ali. Ou então ela está pisando nele de propósito, para que não precise vê-lo e para que não precise tomar parte dele.
Nessas horas dá uma vontade imensa de ser infantil. De fazer revolução, de ser rebelde. De se jogar no fundo do poço para que saibam que o meu problema está ali.
Mas por que eu faria isso, se a pessoa que mais se importa com a minha vida sou eu e sempre será? Afinal, altruísmo não existe e os pais não são heróis que vão vir me resgatar.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012 0 comentários

Nada mais eu do que isso






















Postando só para usar essa imagem, porque, uau, não existe nada mais eu do que isso!
Alinne é a escritora, a criadora de universos e personagens. Essa é minha terapia, é minha alma, é minha paixão, é tudo de mim. Eu não existo sem escrever.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012 0 comentários

Menininha do Papai



















Uma das coisas que eu acho mais lindas no mundo é quando um pai ama muito sua filha e a trata como uma princesinha, a trata do jeito mais doce e especial, a coloca num pedestal. Sempre que eu vejo algo sobre pai e filha desse jeito em filmes, livros e afins eu fico emocionada.
Eu sempre tive muitas mágoas com meu pai. As coisas estão bem diferentes agora. E não posso dizer que meu pai tenha me maltratado ou sido um mau pai. Mas eu não me lembro de muitos momentos doces como esses que vejo em livros e filmes. Eu me lembro de cantar as músicas que meu pai compunha e me lembro de que ele contava historinhas engraçadas e confusas com todos os personagens da Disney misturados antes de eu dormir e também me lembro de que foi ele que me despertou a alma de escritora, foi ele que me mostrou a maior paixão da minha vida. Eu me lembro de quando eu escrevia historinhas nas toalhas de papel dos restaurantes e ele as levava para casa. Mas eu ainda gostaria de ter experimentado um respeito sem limites, uma adoração especial, gostaria de me lembrar de momentos em que eu estive doente ou triste e que ele esteve segurando minha mão, gostaria de me lembrar de que ele sempre defendeu a minha honra e que sempre soube exatamente o que fazer para me fazer sorrir.
Não estou reclamando do meu pai, é só que... Não posso evitar esse desejo. Meu pai é maravilhoso do jeito que é e eu o amo. Ninguém é perfeito nesse mundo e talvez eu não seja a filha que ele gostaria de ter. Mas acho que, para sempre, vou continuar me emocionando profundamente com essas cenas afetuosas de pai e filha, sentindo meu coração apertado como está agora depois de algumas cenas que li num livro. E acho que, se eu tiver uma filha e o pai dela a tratar desse jeito, seria como ter um desejo saciado, um sonho realizado.
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Only Superstition

















"A cardboard head I see
Has found its way to me
It's out and it's out and it's out
Making me cry

I sleep but I will not move
I'm too scared to leave my room
But I won't be defeated oh no

What if cards don't go my way
Then it's sure to spoil my day
But in voices loud and clear

You say to me it's only superstition
It's only your imagination
It's only your other things that you feel
And the things from which you can't escape

Keep clean for the thousandth time
Stand still and wait in line
Some numbers are better than others, oh no

What if cards don't go my way
Then it's sure to spoil my day
But in voices loud and clear

You say to me it's only superstition
It's only your imagination
It's only your other things that you feel
And the things from which you can't explain

And it's making me cry
And it's making me cry
And I'm slipping away, love
I'm slipping away

It's only superstition
Only your imagination
It's only superstition
Only superstition"



Only Superstition - Coldplay


Essa é minha música favorita do Coldplay por ser a música com a qual eu mais me identifico. Nos meus momentos de medo, parece que essa música descreve exatamente o que eu sinto e, de alguma forma, essa não é uma sensação confortante? Ter as palavras exatas que descrevem como você se sente?
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012 0 comentários

O que mais sangra no meu coração
















Será que todas as famílias são fodidas como a minha? Será que a maioria é? Será que a minoria é? Será que existe alguma que não seja?
Bem, nada disso muda o fato de que a minha família é fodida e que isso fode com meu coração e, consequentemente, com a minha cabeça.
Quando parecia que estava tudo bem, começa tudo de novo. Não sei por que. Não sei como. Não sei quando. Só sei que sinto os primeiros tremores de uma desgraça iminente.
Me meter nisso? Não, obrigada. Estou cansada. Foi por isso que fui parar nos 34 kg, foi por isso que minha vida foi destruída me fazendo acordar todo dia com o coração disparado e com a certeza de que eu ia morrer ou ficar louca.
Só que, se o terremoto vier, não vai ter jeito. Vou ser soterrada com ele. Com alguma sorte eu apenas vou sair um pouco machucada. Mas acho que para quem já vivenciou tanto disso, a experiência se torna um trauma. Não, a gente nunca se acostuma a isso. Nunca.
É tão fácil, nesses momentos, querer fugir, querer sumir, morrer, casar se mudar... Mas aí vem a consciência da realidade: não existe um lugar mágico para se refugiar. Não existe saída. Não existe nada. Só existe os escombros. E as cicatrizes vão te acompanhar mesmo que você corra para bem longe.
Nessas horas a gente desconfia de tudo, do futuro, de todos. Não se sente segura em lugar nenhum. Se meus próprios pais não conseguem me dar segurança, como posso esperar isso de qualquer outra pessoa? Talvez a segurança esteja em mim, tenha que estar em mim. Mas, bem, eu preciso, minimamente, de um chão, de paredes, de um teto. Eu acho. E os meus são completamente fodidos. Qualquer ventania eles ameaçam cair e atingir a minha cabeça.
Não sei como vai terminar essa história. Só posso rezar para o minímo de pessoas possível sair ferida.

Vamos ver quantas crises eu vou ter por causa disso e quantos quilos eu vou perder agora.
 
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