segunda-feira, 4 de junho de 2012 1 comentários

7 motivos para não sentir medo



1- Meu psiquiatra já me provou que eu não sou e nem vou ficar louca
2- Toda crise de pânico passa em, no máximo, 20 minutos, pois o próprio corpo se encarrega disso
3- Toda tristeza dura menos de 20 minutos, depois disso é apenas auto-infligida
4- Na Bíblia há 366 passagens sobre não temer; uma para cada dia do ano
5- Deus nunca dá um fardo tão pesado que você não possa carregar
6- Aconteça o que acontecer, eu terei que lidar com a coisa
7- Eu quero muito, muito viver
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E se...



E se o mundo parar de girar para o lado e começar a girar para cima?
E se eu começar a ver tudo de cabeça para baixo?
E se eu de repente for assolada por todas as dores do mundo?
E se eu me sentir tão sufocada em mim mesma a ponto de querer sair do meu corpo?
E se eu começar a ver tudo inclinado?
E se a angústia for tanta que eu não consiga suportar?
E se eu ficar com um medo insuportável da vida?
E se essa minha condição não for uma doença, mas sim um dom que só as pessoas mais sensíveis têm por algum motivo assustador?

Eu juro que essas coisas passam pela minha cabeça e me apavoram. E meu psiquiatra jura que eu não sou louca.
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A tal da cura


Tecnicamente eu estou curada. Fui dispensada da terapia já faz um mês e essa semana vou ver meu psiquiatra para um check-up ou sei lá como se chama isso. Tem séculos que não escrevo aqui, eu não sentia vontade. Tinha muitas coisas importantes para escrever, até, mas não sentia necessidade. Agora estou sentindo.

O que é essa cura? Olha, eu sou a pessoa mais pessimista do mundo, mas juro que acreditei que eu estava boa, livre como uma borboleta. Mas não estou. Minha cabeça sempre ferrada recentemente resolveu me lembrar que a tal da cura não tem a ver com libertação, mas sim, com controle. É isso. Uma fera que vou ter que controlar cada dia da minha vida. Uma fera que às vezes se cansa, às vezes amansa, às vezes dorme tão profundamente que nem parece estar lá. Mas, na maioria dos dias, uma fera louca para se desgarrar das correntes do controle sob as quais eu a mantenho. Pois é. A diferença é essa. A cura veio em forma dessas correntes com as quais eu posso controlar a fera. Mas não dá para matar a fera. Não, porque ela é parte de mim. Não existe libertação da fera. Ela nasceu e vai morrer comigo. 
terça-feira, 20 de março de 2012 0 comentários

Um pouco de astrologia















Eis um aspecto do meu mapa astral que, chocantemente, diz quase tudo sobre mim:

Lua em sêxtil e trígono com Mercúrio: A mente da pessoa é muito receptiva, tem boa memória, uma linguagem com bastante poder de expressão e facilidade de compreensão e assimilação. Sentimentalismo, sensatez, popularidade, correspondência entre emotividade ou afetividade e o plano mental, o intelecto. Bom temperamento inclinado a trabalhos intelectuais, favorecimento para assuntos de comércio, viagens, literatura e línguas.

Como tem gente que não acredita em astrologia? Okay, hora de calar minha Lilith em Sagitário.

domingo, 18 de março de 2012 0 comentários

A lição mais valiosa



















Desde o começo eu sabia que todo o sofrimento que eu estava passando me traria alguma coisa de bom, eu sabia que tinha algum propósito, alguma lição maior, um pedacinho de sabedoria. E, bem, acho que finalmente eu descobri que lição é essa. Ou, pelo menos, uma delas, e é a lição da esperança.
Eu me lembro de quando fazia catecismo e crisma e teve aquela aula sobre as virtudes. Falava-se sobre a esperança e eu sempre ficava incomodada. Eu sempre pensava que a esperança não servia para nada. Não conseguia encaixar a esperança na minha vida. Quer dizer, o que tem de bom em você esperar por uma coisa que pode nunca acontecer? Isso só traz frustração. É melhor não ter esperança. Eu me sentia incomodada de renegar uma virtude divina, algo que todos dizem ser bom, só que eu não conseguia ver nada de bom, mesmo.
Mas agora eu vejo.
A esperança não é esperar que algo que pode nunca acontecer aconteça. A esperança é a fé no futuro, a fé no que está por vir, a vontade de seguir em frente mesmo nos períodos mais escuros da vida porque você sabe, tem esperança, de que a luz está te esperando lá na frente e tudo pode mudar. É isso.
Quando eu estava (muito) doente eu não tinha esperança e nem queria ter. Permanecia aquele pensamento "Para quê?". Mas agora que eu estou tão melhor, meu Deus... Eu vejo que, se eu não tivesse seguido em frente, eu nunca teria chegado aqui. Eu nunca saberia que era possível se sentir bem de novo. Eu nunca saberia que era possível fazer as coisas (quase) normalmente sem viver morrendo de medo.
Foi isso que eu aprendi. A gente nunca, nunca sabe o que está por vir. E isso é maravilhoso! É aí que entra a esperança. Tudo pode estar péssimo agora. Tudo pode estar ruindo. Você pode ter vontade de acabar com sua vida porque não consegue imaginar que as coisas possam melhorar. Mas elas podem. É preciso ter esperança no futuro porque a gente não sabe o que nos aguarda. Coisas inimagináveis podem acontecer. Coisas maravilhosas. E você vai querer estar vivo para experimentá-las. E você vai sorrir de novo. A esperança é maravilhosa.
Agora não importa quão sombria esteja a minha vida. Eu aprendi a lição mais valiosa. Vou ter esperança. Qualquer coisa pode acontecer. Tudo pode mudar e o que eram trevas pode se encher de uma luz gloriosa.
domingo, 11 de março de 2012 0 comentários

Asas de um sonho
















Eis um poema que escrevi por volta dos 16 anos. Não sou muito boa com poemas, só para constar.

Asas de um sonho

Borboleta cor de céu
Cor de céu ao entardecer
Nos primeiros segundos depois do sol
Numa flor aos meus olhos
Quero tocar
Quero pegar

Pé ante pé
Sorrindo de coração disparado
Aproximo-me
E por quê?
Por quê?

Ela voa, voa
Voa perturbadoramente encantadora
Mãos esticadas
E aperto no peito
Venha pequenina!
Venha preciosa!

Ela já se foi
Um ponto distante no ar
Meus olhos a lacrimejar
E continuo tentando alcançar

Estava tão perto
E já parece que nunca esteve aqui
A borboleta lilás que eu chamei de sonho
sexta-feira, 9 de março de 2012 0 comentários

O amor triunfa sobre a morte















Li esse poema hoje na aula de Literatura Portuguesa II e fiquei maravilhada. O amor sendo retratado como algo plácido, porém, mais forte que tudo. O amor triunfando sobre a morte.


Mors - AmorEsse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"
Antero de Quental
 
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